Quadras

      Boa noite! Como vão? Espero que estejam bem. Aproveitando as festas juninas? 
      Antes de qualquer coisa, gostaria de dar-lhes uma notícia: Comecei a escrever o meu primeiro livro e será um romance ou seja, não será poesia. Confesso que sinto-me um tanto intimidado com a ideia já que essa não é exatamente a minha especialidade contudo já estou com a história na minha cabeça há mais de um ano e a mesma está está quase pronta em minha mente, cerca de 90%. Futuramente poderei mostrar-lhes se estiverem dispostos mas não aqui, o espaço é deveras restrito. Depois poderemos conversar mais a respeito.
     Mas agora desejo mostrar-lhes algumas quadras, pequenos poemas que tem me chamado a atenção pela sus simplicidade em termos de tamanho. Comecei a me interessar por esse tipo de escrita depois que vi algumas trovas de poetas da SPVA, porém as trovas são metrificadas , os versos são heptassílabos ao contrário das quadras. Eis a diferença. Bom, aqui vão algumas de minhas quadras.


                                AMANHÃ

:Tornar-me-ei um ser deveras silente

 Como se fosse uma suave brisa

 Que não se vê, apenas se sente

 E que todas as dores suaviza!

A DÚVIDA SOBRE O JARDIM

Em meu jardim de rosas

Nasceu uma flor estranha e bela

Não sei como ela ali surgiu:

A semente foi minha ou dela?

Jamais

Tua pálida tez reflete o brilho lunar

Assim como teus níveos cabelos

Meus dedos desejam tanto tê-los

Mas deste feito nunca irei me orgulhar!

SOLUÇÃO

Sabes por que entreguei-me à anorexia?

Devido ao teu vício de me devorar!

Assim quando novamente sentires anemia

Apenas encontrarás um esqueleto a te observar!

LEVEZA

Meus passos estão mais leves

Pois muito eu já sofri

Meu corpo está muito mais leve

Pois várias vezes eu já morri

 SAFO

 Estou fraca e ocupada

 Escrevendo para minha amada

 Encontro-me muito debilitada

 Por algo que é...NADA!

     
         Então por hoje é só. Espero vê-los em breve novamente. Até a próxima, meus caros!

Para todos os oprimidos

       Olá! Sejam bem-vindos mais uma vez! A lua está maravilhosa esta noite, não é? Como amo o plenilúnio! Como me inspira este níveo astro que dá mais vida à belíssima noite!

       Bom mas paremos com essas elegias à Selene visto que este não foi com o intento de elogiá-la que escrevi este poema que vos mostrarei agora. Pode não parecer mas o texto a seguir tem cunho social e o fiz inspirado nas revoltas populares que ocorrerem nesses últimos dias em nossa cidade e que deram certo, contrariando aqueles pessimistas que disseram que o movimento não levaria a nada. Tudo bem, a prefeita ainda não foi destituída de seu cargo mas o primeiro passo foi dado. Que nossos guerreiros possam marchar sob os auspícios de Atena e que possam finalmente conquistar a vitória que nossa cidade tanto merece! Devo acrescentar também que o poema começou com uma cena que ocorreu em meio à uma tensa sessão de RPG ( Mago: o despertar ). Depois que fiz a associação com a questão das revoltas e da opressão que nossa sociedade sofre nas mãos de maus governantes me foi permitido concluir este poema. 

                                                OPRESSÃO

                           Foto extraída do blog Diuecel.blogspot.com

Ó pobre e inocente ser pensante

Que não tem paz em sua solidão mental

É atacado por um inimigo pujante

Que investe com um ódio mortal!

Que transcedentalíssimo mistério metafísico!

Ser violentado de forma onírica!

A dor existe mesmo sem o corpo físico

Deixando a alma famélica e raquítica!

Em vão tu tentas defender-se vigorosamente

Tentando impor o medo sendo o algoz

Contudo sabes que não controlas tua mente

E a tua angústia torna-se cada vez mais atroz!

E assim prossegue o nefasto tormento

Acompanhado de nênias tristes e diversas

Uma vez mais é ouvido o melancólico lamento

De um cândido ser vítima de almas perversas!

   Isto é o que ocorre com aqueles que são vítimas de opressão. Porém alguns têm mais força e sentem-se compelidos a sacar seus gládios revoltosos e atacarem aqueles que os subjugam.

    Por hoje basta, meus caros. Não desejo-lhes tomar muito de vosso precioso e escasso tempo pois sei que cansados estão de seus afazeres semanais e que desejam aproveitar este ínfimo intervalo de folga que lhes são tão preciosos. Bon nuit!

Um drinque diferente

      Boa noite. Aliás, que noite fria, não concordam? Entrem logo e aconcheguem-se próximo à lareira. Creio que sentiram bem melhor do que a mercê deste frio cortante que está fazendo ultimamente. 
       Há tempos que estou devendo um poema para vós, não é mesmo? Por isso tive o trabalho de escolher um poema interessante e que fizesse valer a pena um período tão extenso de espera. Antes do poema propriamente dito, direi-lhes algo: cerca de 70% de meus poemas são frutos de experiências próprias e não tenho vergonha de relatar essas de forma poética, acredito que expor-me poeticamente de forma adequada é um dos meus escassos talentos, se é que posso falar em talentos. E este poema reflete um momento desagradável pelo qual passei há pouco mais de um ano.  

                                     DRINQUE  SINISTRO

                 

Naquele sombrio botequim havia várias bebidas

O licor da dor, whisky das sepulturas, absinto infernal

Todas elas a mim foram oferecidas

E delas todas bebi até o final

Embriaguei-me com o amargo vinho da tristeza

Acompanhado de uma belíssima dama

Dona de uma sombria e indescritível beleza

É inevitável o desejo de levá-la para a cama

De todos os cálices ela também tomou

Logo após, sentou-se em meu colo e perguntou:

"Queres que eu te leve agora, querido Roberto?"

Respondi: "Não, ainda há muito o que fazer

Existem outras bebidas que desejo sorver

Mas quando tu voltar,estarei de braços abertos!"

      Creio que vários de vós tenham se encontrado em uma situação semelhante. É uma situação comum no nosso cotidiano. Espero que aqueles que passaram por uma situação parecida com o mínimo de sequelas possíveis. 

      Bom, era isso que tinha para falar convosco. Tomem estes agasalhos, lhe protegerão do frio até que cheguem em casa. Entrem na carruagem e vamos em um breve passeio noturno antes de eu levá-los às suas residências.

Hora de protestar

     Boa noite a todos. Creio que tenham observado as grande manifestações populares que têm ocorrido nesses últimos dias em nossa cidade. Protestos, passeatas, greves... nossa cidade e estado passam por uma situação que chegou a um ponto deveras crítico, em que a revolta tornou-se tão grande que ela precisou saltar para fora do peito pois a grade do conformismo que a aprisionava não está mais forte o suficiente para cumprir seu escopo. 
      Creio que ontem foi o ápice dessa revolta popular. Tudo começou com uma passeata contra Micarla e Rosalba, que saiu da praça cívica as 10 hrs da manhã, mesmo embaixo da forte chuva, que não foi suficiente para fazer com que os manifestantes desistissem do ato. Foram em direção à prefeitura onde fizeram uma parada para gritar palavras de ordem contra a prefeita e em seguida foram até a câmara dos vereadores, localizada no bairro de Tirol. 
      Então o inesperado aconteceu. Os manifestantes adentraram o recinto e gritaram palavras de ordem para todos os deputados ouvirem, especialmente aqueles que estão ao lado da prefeita Micarla de Souza. Confesso que foi um momento inesquecível para mim pois nunca pensei em estar presente em um momento tão histórico quanto foi esse e devo confessar que a emoção que senti foi indescritível, sensação de felicidade até então inédita para mim. 
      Independente do que sinto, é deveras importante dar ênfase à importância  dessas revoltas populares, estava mais do que na hora das pessoas se manifestarem contra esses políticos opressores que não pensam no bem estar da população. A invasão e a consequente ocupação da câmara são momentos importantes para convocar a população a forçar o ministério público a investigar os atos de improbidade administrativa da prefeita para posteriormente colocá-la para fora da função que exerce, já que mostrou grandiosos sinais de incompetência nesse sentido. 
     Devo lembrar que não basta só o impeachment, é importante que a população pare de votar nos candidatos que representam a continuação das oligarquias e grupos  que há  décadas estão no poder e não fizeram nada pela nossa cidade e estado. Chega de Maias, Alves, Farias, Rosados e aliados. 
      Era só isso que tinha a dizer para vós hoje. Desculpem se não mostrei nenhum poema hoje mas há coisas que não podem passar despercebidas e creio que essa revolta popular é uma delas. Ah e antes que cruzem aquela porta em direção à vossos lares, olhem algumas fotos que tirei. Não reparem a qualidade, foram tiradas do meu celular...

     Bom era só isso. até breve e não se preocupem, em breve estarei mostrando outro poema para vós.