quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Um dia interessante e ótimo!


Boa noite, meus caros!  Como vocês estão? Tudo bem, eu espero.
Hoje veio a vocês para relatar o dia que tive hoje, que para mim foi bastante interessante e agradável.
Tudo começou quando saí à tarde para tirar uma radiografia. Chegando à clínica, esperei a minha vez. Enquanto esperava, peguei um jornal para ler e eis que vi uma notícia sobre a nossa governadora, Rosalba Ciarlini. E eu estava a ir ao protesto contra a gestão dela, que seria próximo ao centro administrativo.


      Eu já havia dito que um dia ela chegaria em Micarla. Você consegue, Rosalba, falta pouco!

   Saindo da clínica, fui pegar o ônibus para chegar ao local do protesto. Chegando lá não encontrei os manifestantes. Soube depois que eles tinham sido impedidos de permanecer na governadoria.  A manifestação recomeçou cerca de 10 minutos após minha chegada (aproximadamente 16 hrs). Passamos um tempo ocupando metade da pista, no sentido de quem vai para o Natal shopping. O apoio da população era visível: os carros buzinavam em apoio aos manifestantes, como já se tornou comum.
     

                          Impedidos de ficar na casa do povo! Onde está a liberdade?




       
         
       Depois, cruzamos a passarela para ocuparmos o outro lado da rua. Deixamos metade da pista livre e continuamos com o protesto. Eis que aparece o vereador Sandro Pimentel, que estaciona seu carro e começa a buzinar em sinal de apoio. Depois de alguns minutos, ele cumprimenta os manifestantes e vai embora. Logo após, os manifestantes encaminham-se em direção à COMPERVE. Não pude ficar até o fim pois tinha marcado de me encontrar com uma pessoa no Midway mall e ainda teria de dar uma aula às 19 hrs. Eram quase 17.
   



    


Chegando lá, vi que estava tendo um abaixo-assinado para que a governadora chamasse os futuros PMs que estão esperando para serem convocados desde 2006, segundo me contou Gérson, o rapaz que estava responsável por coletar as assinaturas. Se você estiver passando pelo Midway, ajude a causa e assine. Eles precisam de 10.000 assinaturas e estão com mais de 6.000 no momento. 
  
     

       

  

                  Devidamente assinado por este que vos fala ( sim, esse último ai sou eu!)

E para fechar o dia, ao entrar na minha página no facebook, vejo dois poemas maravilhosos, postado pelas poetisas Hercília e Michelle. Vejam no “Arte na madrugada” de hoje que terei o maior prazer em postar. Vejam lá, garanto que valerá a pena.
Agora devo ir, queridos. Obrigado pela companhia e nos veremos mais vezes, em outras silenciosas madrugadas como esta.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O portal abre-se mais uma vez

     Boa noite, meus queridos! Espero que tenham tido ótimos momentos desde a última vez em que nos encontramos.
     Ultimamente tenho andado muito preocupado com a qualidade de meus escritos por isso ando hesitando um pouco em por minhas ideias no papel. Outra preocupação é o excesso de subjetividade: às vezes acho que só eu entendo o que está escrito. Este poema que irei apresentar hoje, apesar de ser um tanto subjetivo, parece ter ficado de fácil compreensão e sem comprometer o meu estilo de escrita. Espero que apreciem tanto quanto eu apreciei em fazê-lo. Levei cerca de 5 dias para finalizá-lo.


                                   SAMHAIN

 
Do alto da torre de teus desejos
Jogaste um frágil receptáculo
Despedaçaste o teu próprio sonho
E eu ganhei mais uma cicatriz

Não mais desejarei em meu íntimo
Ter uma ínfima parte da onipotência
E da luz da ínfima lua nova
Para iluminar-te e contigo sempre estar

A escrita já não importa mais
As palavras foram destituídas de significado
As odes já foram todas banidas
Porém elas forçam a fina película

Não há mais o que dizer para ti
Já não tenho certeza do timbre da tua voz
Que outrora cantou doces sinfonias
Que foram substituídas por um réquiem

Por que essa sensação estranha
De que as lembranças foram embalsamadas?
Deixai que elas se decomponham
Assim é o processo, o fim da existência!

Aproveite então o gozo de não haver mais uma ligação
Aproveitarei a minha recém-adquirida liberdade
Enquanto tu alegremente desfrutas
Da mais doce de todas as prisões!




   

sábado, 12 de janeiro de 2013

Os males oriundos da necessidade de identificar-se com algo


    Boa noite, meus ilustres visitantes! Espero que esteja tudo bem com vocês!
    Hoje não vou mostrar nenhum poema. Como já disse antes, este não é um espaço apenas para poesia mas também para debates. Gostaria de falar hoje sobre algo que causa sofrimento nas pessoas: o ato de identificar-se com algo..
   O ato em questão consiste em projetar sua imagem em algo, que pode ser uma religião, uma ideologia, um artista... esses são os exemplos mais comuns. Muitas pessoas falam “Identifiquei-me com essa música!” ou com esse filme, com essa ideologia. Vocês já devem ter ouvido isso, assim como também devem tê-lo dito. A questão é: como isso traz sofrimento?
   Quando nos identificamos com algo, nos projetamos ali. O nosso objeto de identificação passa a ser parte de nós, ou melhor dizendo, passa a ser a nossa própria pessoa, exteriorizada. É uma espécie de espelho metafísico, criado por nós e que só existe na nossa mente. Ninguém olhará para o objeto e dirá que está te vendo. Lógico, há casos em que vemos algo e lembramos de outras pessoas porém creio que isso é um outro caso.
   Os efeitos da criação desse espelho é o seguinte: qualquer coisa que se diz em relação ao objeto de nossa identificação é tida como se houvesse sido dita para nossa própria pessoa. É muito bom quando esse objeto recebe elogios, gostamos muito, não é? O problema é quando alguém fala mal do nosso querido espelho: como tudo que é dito para ele é tomado como se fosse conosco, então acabamos nos ofendendo também. E isto leva ao sofrimento pois nos sentimos atingidos, abalados e atacados de forma violenta. Muitas vezes não chegam a ser ofensas, apenas opiniões contrárias e críticas não destrutivas e mesmo assim tomamos como uma grave ofensa à nossa pessoa.
   Como fazer para não sofrermos então? Segundo Krishnamurti, grande pensador indiano ( eu recomendo), devemos nos afastar desses conceitos, não devemos toma-los como parte de nós. Assim não sofreremos, não discutiremos desnecessariamente com outras pessoas e teremos mais paz.
   Alguns irão ler isto e dizer que isso é impossível, se não tivermos nossos gostos perderemos nossa individualidade. Mas é justamente o oposto: você a recupera. A cada ideia criada por outra pessoa que seguimos, sem questionar, deixamos de ser nós mesmos, deixamos de ser pessoas flexíveis, tornamo-nos apenas a continuação de um conceito
    Mas aí alguns indagarão: quer dizer que eu tenho de deixar de ter minha religião, meu partido político, minha ideologia? Para se tornar um ser totalmente individual? Na minha opinião, sim. Vale salientar: MINHA opinião, não uma verdade absoluta!
     Citarei como exemplo a religião (advertirei que tudo o que direi a seguir não se aplica somente à religião: aplica-se à ideologias como um todo) . Digo que a questão do conceito é mais forte nela pois para você ser adepto dela, tem de seguir suas regras. Ora, se você não as segue, você não segue aquela religião. E aqui encontramos  a confusão que as pessoas fazem entre RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE. A primeira é um sistema organizado, com regras, deveres e punições e é seguida por um grupo. A segunda é algo individual, que pode ser um amálgama de ideias de outros grupos, uma ideia própria ou ambos. Muitas pessoas dizem que são católicas, mas na verdade são cristãs. Católico é quem segue o catolicismo, cristão é alguém que crê em Deus e em Cristo. O cristão não precisa ser católico, nem mesmo ter uma religião. Em suma: todo Católico é cristão, todavia nem todo cristão é católico.
     Porém desejo muito acrescentar que o que foi dito aqui não precisa ser feito por todos. Essa questão de não seguir religião e não ter uma ideologia é algo opcional ( foi o caminho que adotei). Você não precisa deixar de ser católico, budista, bruxo (não gosto da palavra “neo-pagão”, tem um sentido pejorativo), ateu, socialista, anarquista, deixar de votar e seguir as ideologias de seu partido político. Inclusive acredito possuir uma ideologia possa até servir para que você se torne uma pessoa melhor e que isso possa beneficiar você e outras pessoas. Você não precisa ser tão radical ( no bom sentido da palavra). Basta apenas ter em mente algo: sua ideologia não é você, não é parte de você, não é sua família, não há motivo para ficar tão revoltado porque alguém demonstrou ter uma opinião diferente da sua. Meu conselho é que você canalize essa revolta para outras causas: revolte-se contra as inúmeras injustiças que ocorrem no mundo. Voltando ao assunto, eu até acho meio entediante quando pessoas conversam e só fazem concordar uma com a outra. Chega um momento que a conversa se torna improdutiva. Bom é o choque de ideias! Muitas vezes quando duas ideias se colidem, nasce uma terceira! Isso não é maravilhoso?
     Bom, termino minha fala aqui. Espero que tenham gostado da conversa. Se possuem algo a acrescentar, gostaria muito de ouvir. Se não for o caso, tenham uma boa noite e até breve!
    

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Amor doentio

    Boa noite, meus queridos! Como têm passado? Espero que tão bem quanto eu.
    O poema que apresentarei hoje falará de um assunto sério: pedofilia. Muitas vezes vem disfarçada em forma de piadas que não tem graça. Não é nada agradável ouvir coisas do tipo " Se tem mais de 12 eu pego", é simplesmente nojento! Além do quê muitos é conhecido o fato de que muitos homens com mais de 20 anos ficam nas portas dos colégios atrás das meninas de 15, 16 anos. E na internet, em sites de memes, tinham imagens de adolescentes se exibindo e com piadas do tipo "Pode me prender, seu guarda." Felizmente, isso acabou.
     Vocês podem achar minha posição muito conservadora (soa muito estranho eu dizer isso) mas não creio que alguém com menos de 18 anos devesse namorar. Não falo isso para me defender (namorei pela primeira vez aos 22 anos) mas eu acho que alguém com essa idade não deveria estar se preocupando com relacionamentos, sua mente ainda está a se formar.Nesta idade, devemos procurar nos divertir e ao mesmo tempo começarmos a nos preparar para uma vida mais séria, despir-nos dos preconceitos e preocupar-nos em ser pessoas melhores, tanto para nosso bem como para o do próximo. Relacionamento é algo muito sério para uma pessoa tão jovem: ela não consegue conceber a ideia de amor. O problema é que nossa sociedade banalizou o sexo e o relacionamento. Na verdade, várias coisas são banalizadas, inclusive a arte... mas creio que já falei disso por aqui antes.
      Agora, vamos ao poema.  Ele foi escrito do ponto de vista do pedófilo. Estava com a ideia há um mês, já havia escrito alguns versos num rascunho mas foi graças a uma conversa sobre o assunto no Facebook que pude finalizá-lo. Uma conversa deveras inspiradora, com certeza!


                PEDOFILIA

Venha para mim, minha doce criança
Far-te-ei sentir coisas que em tua idade
Jamais sonharias, de modo algum!
Libertar-te-ei dos limites da infância!

Mostrar-te-ei o prazer de uma vida a dois
Deixe-me tocar teu delicado corpo
Sussurrar palavras em teu ouvido
Ver teu inocente rosto ruborizar-se!

Conduzir-te -ei ao mundo dos adultos
De forma precoce, nele tu adentrarás
Esqueça teus amigos e família
Esta é a verdadeira felicidade!

Não há crime no nosso romance
Pois recriminam tudo que foge dos padrões
Amar-te ei a tua décima primavera
From thirteen until seventeen!

O quê? Comigo não virás?
Preferes ficar com tua pueril inocência?
Aproveitar cada segundo da mesma?
Pois não quer perder teu mais precioso bem?

Queres primeiro aprender a amar a humanidade
Para depois poder amar alguém?
Aprender a tratar bem o coletivo
Para depois partir para o indivíduo?

Pois bem, vá, segue teu rumo!
Não forçar-te-ei a ficar
És livre para fazeres o que quiseres
Não porei correntes em ti!

Adeus , meu lindo infante!
Se por acaso um dia quiseres voltar
Não mais estarei aqui a te esperar
Terás crescido e teu encanto terá acabado!

 


domingo, 6 de janeiro de 2013

Sarcasmo

      Boa noite, meus caros! Como têm passado? Já estão acostumados com o novo ano? Pergunto isso pois quando passamos por mudanças, muitas vezes pensamos que ainda estamos no passado, o que é bastante comum. Porém essa é uma tendência que tende a sumir com o passar do tempo.
      O poema que mostrarei hoje é uma crítica sobre a banalização do amor. É um diálogo entre um homem e uma mulher. Não é baseado em uma história única, apenas fruto de uma série de observações e reflexões minhas.

   VAMOS AMAR

HOMEM:
Vamos amar, vamos amar
Direi que meu amor sempre foi teu
Mesmo que nossa história de amor
Ainda tenha um mês para completar

Vamos amar, vamos amar
Direi que meu coração e corpo
Sempre serão fiéis mesmo com
A distância que está a nos separar

Eu te amo, tu me amas
Nós nos amamos, não é verdade?

MULHER:
Vamos nos amar, vamos nos amar
Para ti, serei divinamente bela
Contudo não te desesperes se
A outros porventura eu encantar

Vamos amar, vamos amar
Serei a tua eterna Julieta
Prometo que teus lábios sempre serão
Os últimos que irei beijar

Eu te amo, tu me amas
Nós nos amamos, não é verdade?
HOMEM:
Não!
MULHER:
Não?
HOMEM:
Não!
MULHER:
No!
HOMEM:
Non, Ie, Nein!
MULHER:
C’est fini! (?)

terça-feira, 1 de janeiro de 2013


      O 1° sono do ano não foi tão calmo. Acordou várias vezes. Não eram pesadelos. Em, parte, era o abrasador calor que fazia. Contudo o principal motivo era outro: eram as palavras que dançavam e cantavam de forma frenética em sua mente. O barulho que elas faziam não deixava com que o sono dele fosse pleno. Foram inúmeras as vezes que seus olhos abriram e fecharam e as vezes em que rolou em seu leito.
      Quando despertou, o sol já estava alto no céu. Sua fronte encontrava-se bastante suada. Levantou-se e foi ao banheiro, precisava urgentemente refrescar-se. Ato concluído, sentou-se um pouco para aproveitar a sensação de frescor recém-adquirida. Passados alguns minutos, foi comer algo leve, não estava com tanta fome. O calor, sim, este estava maior. Apesar do banho ele não havia se dissipado. Havia amenizado, é verdade mas não desapareceu por completo.
   Terminada a sua refeição, apressou-se em pegar da caneta e do papel. Agarrou-os de uma forma maníaca e alucinada, parecendo um louco. Nunca havia feito isso dessa forma. Seus olhos estavam arregalados, suas mãos tremiam, o coração palpitava com uma força tremenda, sentia seu tórax lutando para contê-lo. Desesperadamente, procurou por um título para seu mais novo escrito e só veio uma palavra à mente. Acrescentou mais algumas e estava pronto. Agora poderia trabalhar. Poderia expor seu mais novo amor da forma mais obsessiva e ensandecida possível. Não se importava com o que fossem dizer depois. Não se importava que o chamassem de louco, de alucinado, de doidivanas. O que importava é que estava apaixonado. Estava amando. Como nunca havia amado em toda a sua vida.

                                         
                  MEU VERDADEIRO AMOR

 Como é incontrolável, deveras dominador
 Toma conta do meu ser de forma total
 Como se fosse um reinado despótico
 Que elimina da resistência qualquer sinal

 Eu te amo, eu te desejo, eu te venero
 Como nunca havia amado antes
 Parar de te amar? Jamais!
 Não tenho tais pensamentos hesitantes!

Eu te amo de todas as formas possíveis
Em todas as situações, em todos os lugares
E o faço de forma intensa e louca
Erguendo para ti mil altares!

Eu amo quando te violentam
Tiram a privacidade de teu corpo de forma violenta
Melhor ainda quando ninguém te protege
E tua agonia é atroz e lenta!

Amo quando és explorado em demasia
E não lhe pagam quase nada
Quando vais às ruas protestar
E é reprimido pelo Estado a pauladas!

Amo por demais quando tu recebes desprezo
No fatídico momento em que envelheces
Quando és escorraçado, maltratado
 E não recebe o respeito que mereces!

Amo quando tu produzes belas artes
Mas ninguém as aprecia
És esquecido e ostracizado
Por causa de pseudo-artes vadias!

Amo quando tu és discriminado
Por tua opção sexual ou tua cor
Quando por isso és impedido de viver
E cada vez mais aumenta a tua dor!

Amo quando te deixam na miséria
Depois de inúmeras promessas de campanha
Quando eles sentam no trono e descansam
Enquanto a tua tristeza é tamanha!

Amo quando matam os teus iguais
Por causa de território e religião
Quando a racionalidade finalmente perde
Para a toda poderosa alienação!

Amo você por demais, seu animal!
Quando em ti fazem desnecessários testes
Apenas o fazem por ti achar inferior
Membro de um grupo de pestes!

Eu vos amo em toda vossa angústia
Pois revolto-me contra ela
A cada golpe, represália e grito de dor
Sinto-me mais amalgamado a ela!

Bem gostaria de poder amar-vos
Sem que sentissem dor e sofrimento
Mas pelo fim deles eu lutarei
Retirarei forças de vosso tormento!

Meu amor por vós é imortal
A palavra para ele é “perfeito”
Pois não nenhuma esperança nele
Para um amor, é um grande defeito!

Não espero que me amem de volta
Já que nem mesmo sabes de minha existência
É bem melhor que assim seja
Não haverá risco de dor e demência

Do fundo do meu revoltado ser
Faço esta declaração de amor sincera
Que não começou agora e nunca terminará
Que apenas se intensificará nesta nova era!

Eu vos amo e por vós lutarei
Até o dia em que não mais sofrereis
Aí então nós poderemos em paz viver
E apenas canções de felicidade vós cantareis!