sábado, 30 de junho de 2012

Adeus a este mundo.

   Boa noite! Como vão? Acomodem-se, fiquem um pouco aqui, está muito frio lá fora. A lareira está acesa, fiquem à vontade.
    Não sei se lembram, mas semana passada havia comentado que em breve escreveria um poema sobre alguém que está dando adeus a esse mundo. Pois aqui está, eu o escrevi na madrugada de sexta para sábado, com a ajuda de minha amiga Sharon, mandei uma missiva eletrônica para ela perguntando como era "Adeus" em alemão (Obrigado Sharon!).Vamos ao poema então.

   GOODBYE



Adeus, mundo repleto de futilidades
De incontáveis formas de anomalia
De hipocrisia, materialismo e vaidades
Nunca será necessária uma anistia

Algumas vezes sinto mais os ossos
Do que a já debilitada carne
Não creio que eu ainda posso
Aguentar esta ferida que tanto arde

Au revoir para os prazeres corporais
A saliva alheia nunca foi tão gostosa
Tão sensuais são os celulósicos manuais
Páginas são sólidas, desejos são fórmulas gasosas

Adiós para o tédio e a incompreensão
Apesar de haver partículas de esperança
Schopenhauer não foi a principal decisão
Pois há muito não quer ser mais criança

O que não mata torna-me mais forte
Porém fico bem mais feio
Não há motivo para depender de sorte
Fortes dela não precisam, creio

Abschied, sentidos traidores!
Apaguei as impressões todas
Abandono Locke e seus seguidores
Assim como as marcas incômodas!

Sayonara, absurdo mundo perfeito!
Leibniz estupidamente se enganou
Na ignorância alheia não se dá jeito
Diz aquele que um dia nisso pensou

Adeus! Não dá para evitar a distância!
Au revoir! Não é mais possível tentar
Adiós ó maléfica ignorância!
Goodbye! O mal a todo custo deve-se evitar!

sábado, 16 de junho de 2012

Miscelânea

    Bon soir, mes amis! Como vão? Eu sei, já faz mais um certo tempo que não nos encontramos porém os reveses que tenho enfrentado fizeram que nossos encontros se tornassem menos frequentes. Desconheço uma forma inédita de pedir-lhes desculpas, já que estas ausências estão tornado-se deveras frequentes.
    Para quem não sabe, estou a escrever um romance mas no momento ele está parado. Se quiserem, posso mostra-lhes os capítulos inicias em outras oportunidades, basta concordarem com a ideia.
    Hoje mostrarei-lhes um poema que escrevi no mês passado e que reflete um pouco meu atual estado mental: crítico, filosófico, inspirado pela filosofia de Schopenhauer e com uma certa dose de melancolia acompanhada de uma felicidade solitária (paradoxal, eu sei, mas é isso mesmo). O poema não fala de um assunto específico, é um punhado de reflexões que andei fazendo nesses últimos meses de intensa atividade reflexiva.

             PROVÉRBIOS

O feixe de luz que entra não é
O mesmo que vem da fonte apolínea

Ouvir o que tu dizes é diferente
De ler o que tu escreves

O teu cão e o teu gato não possuem razão
Mesmo assim não matam seus semelhantes

Podemos viver uma vida de prazer 
Mas depois esse nos mata de tédio

Lobos em pele de cordeiro são perigosos
Assim como cordeiros que se viciam em ser lobos

O maior medo que sentiu o coração filosófico
Foi o aterrador medo de sentir medo

Posso fazer com que tu me desejes
Porém nunca poderei fazer com que me ames

Tudo o que foi escrito e dito por sábios
É tido como insignificante pelos néscios