sábado, 29 de setembro de 2012

Poema iluminista

  Boa noite! Ça va? Comigo tudo bem!
  Hoje mostrarei-vos um poema baseado nas ideias iluministas, um poema do que eu chamo de nova safra: poemas que saem do campo egoísta da subjetividade, adotando uma postura mais crítica em relação à sociedade.
    Este poema dedico ao caro Dr, Rubens, anfitrião dos saraus do CRO, ( Conselho Regional de Odontologia) que o elogiou bastante quando o recitei na Cesta cutlural, na última sexta feira, evento realizado toda última sexta feira de cada mês, no IFRN, localizado na Avenida Rio Branco, no bairro de Cidade Alta. Ele leva o nome do filósofo que me fez cursar filosofia na UFRN.
   

                                  VOLTAIRE

               


Prefiro ser um casto cosmopolita
Do que um patriota sibarita
Prefiro não ter nação e identidade
Libertar meu coração da maldade

Prefiro ser um agnóstico bondoso
Do que um religioso rancoroso
Que viola a liberdade de expressão
Sem nenhum arrependimento no coração

Não gostas do que eu digo?
Continuai com o discurso, amigo
Apenas não usai da insolência
E muito menos da odiosa violência!

Não te aches superior a alguém
Quem tem esse direito?  Ninguém!
Se os direitos de um ser vivo violas
Arrancas dos justos frases revoltosas!

Para todos a desejada liberdade!
Assim como a igualdade e a fraternidade
Acabando com a maldade e a hipocrisia
Automaticamente nascerá a tão sonhada utopia!


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A primavera chegou

   Boa noite, meus queridos! A primavera está aí, embora em nosso país não se veja isso com clareza.
   Em homenagem a essa mudança na estação, mostrarei este poema que está no meu 2° trabalho independente, "Les femmes". Aqueles que já o adquiriram o conhecem muito bem, chama-se "Perséfone" 
    Por que eu estou mostrando este poema nesta ocasião? Bom, creio que isto irá ajudá-los a entendê-lo. Basicamente, a primavera, para os antigos gregos ( e para os neo-pagãos da vertente helenística), é o retorno de Perséfone do submundo.
     http://pt.wikipedia.org/wiki/Pers%C3%A9fone
   
                                                PERSÉFONE

    

No momento em que tu passeavas
Por um belíssimo e perfumado vergel
Foste capturada e feita cativa
E provou da romã com gosto de fel!

As flores então sentiram tua falta
Lentamente começaram a definhar
Até mesmo a outrora alegria materna
Ameaçou para sempre se apagar

Então tu se tornaste meu pseudônimo
Te tornaste o meu maldito espelho
Identifiquei-me com tua imagem sombria
Pois ambos estávamos num hediondo pesadelo!

Porém quem disse que tenho de submeter-me?
Ser do destino um patético prisioneiro?
Quem disse que mortais não podem ser felizes
Que não podem derrotar o desespero?

Um dia serás tão liberta quanto eu sou
Serás tão iluminada quanto eu serei
Não mais ostentarás angústia e sarcasmo
Serás rainha e eu também serei rei!



    Post Scriptum: Perséfone também foi o nome da minha personagem de "Mago" na campanha "O ensurdecedor som do silêncio", mestrada por meu amigo de longa data, David Oscar. A ele agradeço por ter realizado meu sonho de jogar "Mago" que eu nutria por mais de uma década.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Poema para os apáticos

     Boa noite, meus caros! Creio  que devam estar achando isso novidade, o fato de estarmos reunidos aqui por duas noites seguidas. Marquei mais este encontro pois creio que eu esteja devendo poemas para vós, pois tenho falado muito sobre a situação caótica, fato que como filósofo, não poderia deixar de falar.
     Este poema foi feito inspirado nos eventos recentes que ocorreram em Natal. Dedico-o aos que são apáticos e não se revoltam com as injustiças, especialmente aqueles que, além de não se revoltarem, criticam   os que se revoltam e vão à luta. Não me interpretem mal ( coisa que frequentemente sou, independente de to do e qualquer cuidado que eu tenha com o que falo) mas não falo aqui dos que não vão aos protestos por quaisquer motivos pessoais. Eu mesmo já faltei a vários por questão de trabalho. Muitos dão força ás lutas do povo, mesmo à distância. A eles, todo o meu respeito. Para mim, eles estão no movimento, no meio dos guerreiros, mesmo à distância.
     Aos estúpidos apáticos, dedico este poema.
   
                          O HOMEM QUE NÃO SE REVOLTA



O homem que não se revolta está morto
Não passa de um cadáver que pensa que vive
O homem que não se revolta com ninguém se importa
Talvez não se importe nem com ele mesmo

O homem que não se revolta deve ser ostracizado
Dele ninguém de bom senso deveria acompanhar-se
A ele, somente a companhia de sua insignificância
Abandonado com ela em uma deserta ilha de inércia

Ó bizarro ser portador de sofrível apatia
Como suportas locomover-se e rastejar
Portando-se como verme e não como homem?
Não tens sequer uma partícula de dignidade?

Como suportas olhar-te no espelho
E não sentir-te culpado e desprezível?
Como aguentas ser cúmplice de toda perfídia
Tornando-se assim mais um deles?

Um homem que não se revolta nada merece
Nem mesmo este revoltado poema
Mas foi deveras necessário escrevê-lo
Para que ninguém com ele deseje andar
E muito menos igual a ele se tornar!

   

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Contra o fim da integração

      Boa noite, meus caros! Há pouco cheguei do protesto que houve agora à noite., protesto este que criticava o fim da integração nos ônibus ( uma integração com um tempo ridículo de 1 hr. Na minha opinião deveria ser pelo menos 1 h e 30 mins).
      Saímos do Via direta e fomos até o túnel antes da Igreja Universal. Decidimos então não ir direto até o Midway pela Salgado Filho, fomos pelam Prudente de Morais.



      Infelizmente houveram alguns "traidores do movimento" que arrancaram placas de sinalização, fato que foi destacado pela Tribuna do Norte em seu site. O que eles não dizem é que isso foi fruto de uma minoria descerebrada que com sua ignorância não havia entendido a intenção do protesto. Também não disse que esses elementos foram censurados por boa parte dos manifestantes. Também não disse que nós fechamos as ruas porém liberamos várias vezes: fechando e liberando, de forma alternada, inclusive liberando quando passou uma SAMU.
       O roletaço foi bem sucedido; muitos manifestantes foram para casa de graça nos ônibus; esse foi um dos objetivos do protesto.


       Quando chegamos no Midway, interditamos os cruzamentos da Salgado Filho com a Bernardo Vieira. Foi um grande momento pois a multidão ficou concentrada e deu para perceber a magnitude do protesto.

   
     
          A polícia chegou porém não chegou intimidando, como da outra vez. Alguns integrantes foram até os policiais para conversar com eles de forma pacífica. Foi gritada a famosa frase de ordem: " Polícia é pra ladrão, para estudante não!". A polícia viu que nosso protesto tinha boas  intenções, intenções de cidadãos de bem.  Com a polícia lá, as ruas eram fechadas mas periodicamente abertas para passagem de carros. O roletaço continuava.
           Infelizmente, algum infeliz, poser maldito (desculpem o linguajar ) atirou um molotov contra a polícia. Ninguém se feriu. Não houve retaliação, ficou entendido que foi um incidente  isolado, que não correspondia à rela intenção do protesto.
          Fica aqui o depoimento de um poeta e filósofo com pensamento autônomo. Não tenho religião, não tenho partido, não sou ateu, não sou anarquista, apenas alguém que interage com a realidade, alguém que não tenta ser corrompido por ideias. Não trabalho para a imprensa. Aliás, cuidado com a informação que vocês recebem: lembrem-se que a Inter tv é dos Alves, a Ponta negra de Micarla e A Tropical de Agripino. pensem nisso, filtrem a informação que chega. Ah, a Tribuna é dos Alves também.
        Houve quebra de placas? Houve! Houve queima de ônibus? Sim, houve! De dois, como vocês verão na Tribuna. Mas e daí? Em Teresina foram 25 ônibus queimados em 5 dias! Aqui depois de anos de protestos foram queimados 2! Não reclamem, a coisa por aqui ainda está suave!
       Deixo claro aqui que sou contra destruição de ônibus mas sou a favor de pichá-los e do roletaço (entrar de graça nos ônibus). Contudo é como dizem: para cada ação, uma reação. Por que na Suíça não queimam ônibus? Vamos pensar nisso?
        Por hoje, termino. Deixo mais algumas imagens. Peço desculpas novamente pois não sou fotógrafo profissional ( pretendo ser um dia) e não possuo uma câmera profissional.
       Boa noite, meus amigos. até breve. E lembrem-se: um homem que perde a capacidade de se revoltar está morto, é um inútil. Revoltem-se! Sempre!

     
       No Megafone, ela gritava " Polícia é pra SETURN", seguida pela multidão revoltada.

sábado, 15 de setembro de 2012

Revolta total

   Hoje confesso que não estou de bom humor. Ah, boa tarde! Desculpem minha falta de boas maneiras. Explicarei o motivo dessa revolta.
   Ontem à noite, quando estava acessando o facebook, vi a notícia que dizia que a transferência dos ônibus seria cortada. A princípio fiquei com dúvidas. Aprendi que não se deve acreditar em tudo que se vê na rede. 
    Foi então que hoje de manhã peguei o ônibus e lá estava o funesto aviso:

     
    Não é preciso dizer mas está mais do que na hora de um grande levante popular contra esse descaso. Não só os estudantes mas todos os trabalhadores devem participar, visto que todos serão prejudicados por essa atitude extremamente capitalista da quadrilha do SETURN.  Mas não basta só ir às ruas para protestar contra essa atitude. É preciso também brigar pela educação e a saúde, tão caóticas em nosso estado. Também é preciso que nós tenhamos consciência na hora de votar. É PRECISO VOTAR, NÃO REELEGER.  Também é necessário votar em candidatos que não sejam aliados dos poderosos. É PRECISO MUDAR, NÃO PERPETUAR. Está se vendo que há anos o estado não sai do lugar e agora começou a regredir. Pensem bem nisso! Nada de votar em Ney Lopes jr, Carlos santos, Edivan Martins, Luis almir, Adão Eridan, etc. Para prefeito, nada de Carlos Eduardo, Hermano e Rogério marinho, por favor! E não venham com o argumento de "era melhor do que Micarla". E que não era melhor do que ela? Até eu seria!
    Termino por aqui. Desculpem mais uma vez por não mostrar mais um poema contudo não posso ficar calado perante tal afronta contra a população. Além de ser poeta sou filósofo e a revolta é inerente a aqueles que praticam o exercício filosófico.
    À demain, mes amis!

   

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Versos diversos, o último dos independentes

    Muito boa noite, meus caros! Entrem, acomodem-se, por favor, fiquem à vontade!
    Hoje falarei sobre o dia de ontem, que foi deveras especial. Como alguns devem saber, ontem completei mais um inverno de vida ( nessa época supostamente estamos no inverno ). Mas não foi só isso: aproveitei a data em que completei 32 invernos para poder mostrar o meu mais novo trabalho, o livro "Versos diversos", livro este que consiste de 30 quadras e mais 9 poemas de formatos diversos. Sempre admirei que expressam muito em poucas palavras, por isso decidi neste trabalho dar ênfase às quadras. Várias delas , inclusive, são resultados de tentativas malsucedidas de continuar alguns rascunhos poéticos (ainda possuo vários que ainda não encontraram seu formato definitivo).
    Agradeço desde já a todos os meus amigos, especialmente aqueles que vieram a esta noite tão especial na Pizzaria Reis Magos na Avenida Roberto freire. A seguir as fotos desta noite que com certeza foi especial por marcar meus 32 anos de vida e o lançamento do meu último livro...independente.
     Mais um ciclo se encerra. Outro está prestes a se iniciar.

                                                   Eu e minha caríssima amiga Sharon.
                                           GrandeTeodoro, acompanhado de sua querida Gigi
                                                                      Autor e obra
                                                         Capa do livro "Versos diversos"
             
                                  Daniel, vocal e guitarra do Dessituados e sua mulher, Tarciana
                                          Eu e Evaldo, que assim como eu é membro da SPVA
                                                       (Sociedade dos Poetas e Afins)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A taste of things to come

     Bon soir, mes amies! Como têm passado?
     Primeiramente quero parabenizar a todos que participaram dos protestos aqui em nossa cidade, protestos estes que visavam revogar o aumento das passagens. Conseguimos! Mas a luta não acabou: há muito ainda pelo que lutar: saúde e educação, por exemplo, que em nosso estado não são das melhores. Apoiemos todos os trabalhadores, assim como suas passeatas e greves em busca de condições melhores de trabalho. E o mais importante: que apliquemos o nosso golpe de misericórdia nas urnas, votando naqueles que não estão do lado dos poderosos, que não estão ao lado dos Maia, Alves e Rosado. Basta só isso para que nossa cidade possa vislumbrar em seu horizonte sombrio tempos melhores.
    Agora, vamos falar de poesia. O meu intuito de recebê-los aqui é com a intenção de mostrar-lhes um poema do meu próximo livro independente, que virá ao público na próxima segunda-feira. Mostro-lhes qui em primeira mão um dos poemas que estão no último livro da minha trilogia de produções independentes.


PARASITA AMOROSO
                                “It’s now my duty to completely drain you
                                 A travel through a tube that ends up in your affection”
                                                                              Nirvana, “DRAIN YOU”

Adentrei o teu castelo de carnes
Toquei em tuas paredes de hemoglobinas
Então senti que tudo estremeceu
Quando eu disse que era tuas vitaminas

Invadi a tua câmara de prazeres
Dos teus hormônios senti o cheiro
Então ouvi teu sinfônico grito
E teu corpo convulsionou-se por inteiro

Entrei em teu labirinto mental
Deixando uma trilha de pura filosofia
Nos teus recônditos cerebrais encontrei-me
Era tudo o que eu mais queria!

De ti então rapidamente sai
Prometi que jamais iria voltar
Porém um conselho é recomendado:
Nunca ouvir quem está sempre a mudar!

A música que inspirou-me a fazer o poema:


À bientôt!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

REVOLTA!


     Boa noite. Desculpem se meu tom hoje estiver um tanto alterado mas é inevitável diante de certas situações.
     Hoje à tarde saí para dar aula. Deveria pegar o ônibus número 46, já que meu destino ficava numa rua que é esquina com a Roberto Freire. A aula seria às 14 hrs. Às 13:30 eu já estava na parada.
     Mas para minha desagradável surpresa, o ônibus só passou às 13:55, o que causou o meu inevitável atraso. A aula que seria de 2 horas de duração foi de apenas 1 hora. Prejuízo para mim, além do constrangimento de chegar aproximadamente 40 minutos atrasado. Sem contar que em pleno dia de semana, esperei aproximadamente 45 minutos pela minha condução.
     Depois disso, é inevitável o surgimento de pensamentos revoltosos na mente. Pensei também em quantas pessoas passam por isso todo dia (aliás, o ônibus que peguei foi LOTADO!). E ainda tenho de aguentar as propagandas capitalistas que dizem que eu devo comprar um carro e ninguém se preocupa em investir nos transportes coletivos, o que seria mais útil, mais ecológico e melhor para o trânsito. Uma pequena observação: na Suíça e em outros países desenvolvidos, muitas pessoas não tem carro contudo não é pelo fato de não poderem, é simplesmente pelo fato de não precisarem, já que o sistema de transporte coletivo é perfeito. 

        

    Diante disso, venho dizer a todos vocês que se revoltem com toda a força de seu interior e acredite, isso ainda é pouco! Vamos dizer não para esse maldito aumento nas passagens ! Mas não paremos por aí: vamos dar o troco nas urnas! Vamos votar em pessoas que não tenham nada a ver com as administrações passadas. A revolta tem que ocorrer nas ruas e nas urnas. Uma não deve ser feita sem a outra.
    Minha fala por hoje terminou. Vamos começar com a revolução em Outubro! Primeiro aqui, depois no Brasil todo. Para que o “Ordem e progresso” de nossa bandeira possa começar a fazer algum sentido, depois de mais de 500 anos de Brasil.