domingo, 31 de julho de 2011

Mais quadras

   Boa noite a todos! Fico mais uma vez feliz em vê-los e também agradecido por vossas visitas regulares, não sei como retribuir adequadamente vossa atenção. Mostrarei hoje mais algumas quadras de minha autoria
   

AFRODITE

 Tu que nasceste da espuma marítima
Não é à toa que os amantes amam o mar
A mim, humilde poeta, não restou alternativa
A não ser estes simples versos te dedicar!

ESPERANÇA INÚTIL

Cultivo em meu sombrio coração
A erva daninha da hipocrisia
Ela preserva em mim a triste ilusão
De que sou capaz de a alguém trazer alegria!

DOCE PERFUME

 Deitaria contigo numa cama de rosas
Todas elas bem cheirosas
 Mas teu perfume se sobressairia
 E mais uma vez enlouqueceria!

EPICURO

 Para que com a morte se preocupar?
 Vós não ocupareis o mesmo lugar
 Não adianta antes se lastimar
 É imperativo a vida aproveitar!

HERÁCLITO

O rio permanece o mesmo
 Mas a correnteza é diferente
 Sábio foi o filósofo ígneo
 Que admirável e extraordinária mente!

   Obrigado por vossa visita e até breve!





domingo, 24 de julho de 2011

Sobre o prêmio Augusto dos Anjos de poesia.

    Boa noite! Sejam bem vindos mais uma vez! Lembram que certa vez falei sobre um concurso de poemas? Exatamente, postei sobre isso há uns dias atrás. Inscrevi-me no concurso às pressas pois soube de última hora e escolhi de forma apressada dois poemas, "Helenismo" e " Morfina", estes já mostrados aqui em meu castelo. Pois fiquei muito feliz quando soube que meu poema "Helenismo" ficou entre os 250 selecionados entre vários poemas que participaram do concurso e ele será publicado na coletânea que terá circulação nacional. Quero agradecer a vós que sempre estão a me visitar e faltam-me palavras para descrever o que sinto neste momento!
     A seguir, segue o link com todos os premiados. Não estou na lista como Roberto Noir, e sim Márcio Roberto Paulo do Nascimento mas o poema será publicado com meu nome mais conhecido: Roberto Noir.


        http://www.concursonovospoetas.com.br/
     
       Agora despeço-me de todos. Até breve e muito obrigado por vossa atenção!
    

sábado, 23 de julho de 2011

Convite!

  Acessem o link e obtenham informações sobre o aniversário da SPVA. Conto com vossa presença, a entrada é franca! Tenham uma boa noite!
  http://spvarn-culturageral.blogspot.com/

domingo, 17 de julho de 2011

A caixa maldita

      Boa noite! Devo-lhes milhares de desculpas pela minha longa ausência, minha semana foi deveras movimentada, repleta de compromissos e obrigações. Um desses compromissos foi minha inscrição no I concurso de poemas Augusto dos Anjos. Inscrevi dois poemas que já mostrei-lhes aqui, " Morfina" e " Helenismo". Serão 250 premiados que terão seus poemas publicados numa coletânea e os 3 primeiros colocados ganharão medalhas.
     O poema que lhes mostrarei agora já tem mais de um ano de existência. 



                                            PANDORA


Ela já sabia o que lá dentro havia
Horrores, pragas e desgraças mil
Porém em um infeliz átimo
A profana caixa ela abriu!

Por que abriste a urna proibida?
Diga-me! Foi apenas por curiosidade
Essa benção/maldição humana
Ou foi por pura maldade?

Pandora, és a mais bela das mulheres
Também és a mais estúpida
Esse teu desejo de a tudo experimentar
Tornará tua vida curta e pútrida!

Estranho! Há tempos ela abriu  a arca
Porém com isso nada sofreu
Creio que para ganhar imunidade
A sua própria alma vendeu!

Pandora! Mais sujo o mundo se tornou
Devido a uma atitude deveras impensada
Vieste ao mundo para fazer sofrer
Como tua existência é amaldiçoada!


     Espero que tenham gostado. Nos veremos em breve e mais uma vez perdoem minha prolongada ausência.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

...

  ... Boa noite... noite deveras fria, mais uma... desculpem mas estou sem muitas palavras hoje. Apenas atentem ao poema.



                    Minhas humildes e sinceras desculpas
                                               para todo o mundo




" What esle should i be...
What else should i say...
What else should i write?
All apologies"
Nirvana, "ALL APOLOGIES"

Em um inédito momento de sabedoria
Decidi escrever proveitosas linhas
Percebi que a hora era assaz tardia
Para relatar todas as desculpas minhas!

Noctambulamente aqui estou
A mão esquelética escreve freneticamente
Palavras que relatam o que restou
De simples reações da minha mente!

Perdão por apresentar-me desta forma
Não muito agradável para a visão
Um esqueleto recém-saído da cova
No peito é visível o pulsante coração!

Perdoai o meu cansado semblante
Oriundo de longínquas noites de agonia
Que duraram meses, não instantes
Distanciando-me mais da desejada ataraxia!

Desculpem minha rutilante ignorância
Que incomoda, chateia e desencanta
Ela é percebida a quilômetros de distância
Maldição! Leio, releio mas de nada adianta!

Ouçam! Não consegui adentrar a catedral
Como outrora fez o poeta Augusto
Insisto, fracasso mas continuarei até  o final
Até que consiga transpor o portão robusto!

Perdoai meus putrefatíssimos versos
Desenterrados do meu cemitério particular
Sempre (de)compostos em poéticos acessos
Que fazem minha energia vital esgotar!

Perdão aos de meu sangue e amigos
Por não considerá-los melhores do que os demais
Perdão a todos os meus supostos inimigos
Todos vocês! Considero-os como iguais!

A minha lista é por demais extensa:
Amigos, parentes, sabedoria, arte, beleza
E a agonia já foi bem mais intensa
Pelo menos não sou apegado a riquezas!

Por isso diante desta nobre platéia
Composta por pessoas de bom coração
Exponho toda a minha insignificante miséria
Ajoelhando-me e pedindo: perdão!

   Por hoje é só. Até breve...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Merci beaucoup!

     Boa noite! Venho hoje mostrar minha gratidão a todos pois meu castelo já ultrapassou a marca de mais de mil visitas desde que mudei-me para cá no dia 31 de abril deste ano de 2011. Confesso-lhes que encontro-me muito surpreso pois não esperava todo esse movimento dentro de minha humilde residência! Nem sei como agradecer-lhes de maneira apropriada. Creio eu que jamais conseguirei isso por isso já adianto-lhes minhas sinceras desculpas. 
      O mínimo que posso fazer é mostrar-lhes um poema bom. Oh, que dilema este que assola minha alma! Qual devo mostrar-lhes, afinal?
      Eis este aqui, escrito nesta semana. É uma homenagem que fiz à cultura grega, que tanto influenciou-me  e pela qual nutro um afeto especial. Lógico que, como na grande maioria de meus poemas, este também possui um toque pessoal.


                                                          HELENISMO





Sob os auspícios desta negra noite hecatiana
Sentindo deveras a alva ausência de Selene
Fui visitar os domínios marítimos de Poseidon
Tentando vivenciar empiricamente a ataraxia de Epicuro!

Deitei-me no tapete de areia, fechei os olhos
Relaxei meu corpo, respirava de forma vagarosa
Tentando encontrar aquela tão procurada dama
Porém só consegui avistar o irmão siamês da morte!

Levanto-me! Decepcionado, principio a caminhar
Seguindo o fluxo do rio que sempre muda
Já não sou mais o mesmo de alguns instantes
Certas estão as palavras daquele pré-socrático!

Inevitável lembrar do que disse que nada sabia
Aquele que negou o oráculo de Delfos
Afirmou que era ignorante, distorceu a realidade
Pois sábio é aquele que dissipa as brumas do falso saber!

Estou alucinado! Visualizo aquelas belas colunas
Jônicas, Dóricas, os templos e também a ágora
Raiz de uma democracia que não era para todos
Algo que de forma bizarra persiste hodiernamente!

Por isso desejo ficar só! Mas sempre fracasso
Aristóteles diz que é impossível meu intento
Pois não sou animal e certamente não sou um deus
Apesar de possuir diversas partículas de ambos!

Desisto! Sinto-me fulminado por Zeus!
Tamanho esforço que resultou em nada
Lembro-me amiúde da vasta obra platônica
E vejo que meu projeto só existe no mundo das ideias!

Assaz ridículo! Tanta jactância transformada em tristeza!
Certamente é algo que é bastante comum
Pois um antiquíssimo e penoso esforço hercúleo
Perece nas sorumbáticas praias da estupidez contemporânea!

       Então é isso, encontro-me desprovido de palavras. Tudo que posso dizer é obrigado, esperando que vós tenham apreciado o poema e que continuem a visitar meu humilde castelo.