domingo, 30 de junho de 2013

Antes da traição

    Boa noite, meus caros! Bela madrugada não? Sei que é tarde, porém não prometo demorar.
    Hoje mostrarei para vocês um poema que fiz esta semana e que já deveria ter-lhes mostrado mas não foi possível. Este poema pode servir como introdução ao conto "Rouge", que já foi mostrado aqui, embora possa ser lido separadamente. Apreciem. Desde já, agradeço a atenção de sempre.

     PRELÚDIO DE UM ASSASSINATO

Ele diz que ela é única como a estrela polar
Porém possui uma necessidade de diferentes carnes provar
Mais uma vez um coração será partido
Quando ela perceber, já terá morrido!

Ele diz que Deus a deu de presente
Ela sorriu de forma exuberante e reluzente
Porém ela não sabe: ele é esquizofrênico e malvado
Nunca de uma divindade receberia o chamado!

O silêncio nem sempre é um bom guardião
Pois o tempo sempre chega e fala com o coração
Então vem a hora do rio escarlate escorrer
Mais uma vez, um inocente irá morrer!

Para seu amante por completo se entregará
Contudo, um dia disso ele se esquecerá
Irá procurar outros aromas e líquidos secretos
Uma procura sem fim, isso é certo!

Então, para ela não haverá mais céu estrelado
E nunca mais terá um outro amado
Sua vida terá um trágico e sangrento fim
Suas últimas palavras serão: “Por tua causa, morri!”

     

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Uma nova atitude

      Boa noite, meus caros. Hoje serei mais breve do que de costume. Mostrarei algumas fotos tiradas por mim no protesto de hoje, que pediam uma melhoria no transportes público e o passe livre. Muitos foram ao protestos: apartidários, membros de partidos, como PT e PSTU, anarquistas, MST, SINDSAÙDE, o movimento LGBT e outros grupos vieram contribuir, pedindo por melhores condições de saúde, educação, segurança, melhores condições sociais e também houveram gritos de "Fora Rosalba!" Às 15:10, 10 minutos depois da hora marcada, a praça cívica de Petrópolis estava tomada. De lá, seguimos para a câmara municipal, voltamos até a praça e seguimos para a Ribeira, em direção ao SETURN. De lá, fomos até a prefeitura. Ficamos por um tempo e depois seguimos rumo à governadoria. Confesso que fiquei na prefeitura e não segui com os manifestantes. De qualquer forma, foi um momento emocionante, é bom saber que você está fazendo parte de uma revolução, que inclusive já mostra resultados. Por isso que sempre digo: lutar sempre, desistir jamais!
     P.S: o melhor momento da passeata para mim foi quando carreguei a bandeira LGBT da Ribeira até a prefeitura e gritando palavras de ordem, relacionadas a diversos temas. Por um transporte gratuito e de qualidade! Por uma saúde melhor! Por uma educação de qualidade! Por salários mais dignos para os trabalhadores! Não à homofobia e abaixo a cura gay!
    Alguns gritos de ordem dados no protesto:
    EI, FIFA, PAGUE A MINHA TARIFA!
    PQP,  É A PIOR GOVERNADORA DO BRASIL: ROSALBA!
    EI, ESTADO, GAY NÃO É DOENTE!

     




A bandeira do Anonymous!



Goku está do nosso lado!



Uma multidão descendo de Petrópolis até a Ribeira

                                           Essa bandeira eu carrego! Contra a homofobia!

                                                                   Na prefeitura

Rambo também veio dar uma força!

sábado, 15 de junho de 2013

Para Dilma

    

 Dilma, teu silêncio é estranho. Você, que já foi torturada, deveria aparecer em rede nacional para repudiar veementemente esta violenta repressão contra os manifestantes. Deveria fazer com que os governadores e prefeitos que usam da polícia para agredir pessoas que estão se manifestando pacificamente sejam devidamente acusados e presos. Alguns dirão que estou pedindo demais, porém minha cara presidente, esse é o básico, já que estamos numa democracia. Ora, se eu agrido uma pessoa na rua, posso ir para a cadeia e será deveras justo, então por que um político que usa a polícia como arma contra o cidadão ao invés de protegê-lo também não pode fazê-lo?

 Não dê as costas para aqueles que sofrem, Dilma. Alguns dirão que estou usando e palavras muito amenas para dirigir-me à sua pessoa: isto é porque acredito em algo chamado respeito, algo que foi-me ensinado com louvor por uma mulher chamada Aliete, minha querida mãe. Aliás, respeito esse que não vejo neste país e creio que nunca vi. Falta-se com o respeito todo dia nas escolas sem professores e com um ensino horrível, nos hospitais sem equipamento, com os sem-terra, com os LGBT, com os pobres, com os negros, com os índios,e com as mulheres. Devo confessar que antes de vir a revolta com tanta falta de respeito, vem-me a tristeza, que invade de forma avassaladora o meu ser para só depois explodir em revolta. Creio que muitos sabem do que falo. 








     Termino aqui dizendo que ainda há chances de se redimir, Dilma. Sei que você não irá cancelar a copa ( que para mim é um desperdício de dinheiro) mas você ainda pode ao menos repudiar essa violência e essa falta de respeito com os brasileiros, muitos desses que te ajudaram a se eleger. Pense nisso, minha cara, pense bem. Pense nestas palavras, mesmo que elas tenham sido escritas por um desconhecido professor de filosofia, poeta e acima de tudo humanista. Um humanista cheio de falhas, mas pelo menos um humanista que tenta contribuir o máximo para a sociedade onde vive, mesmo que suas ações, palavras, pensamentos e escritos não sejam tão bem sucedidos em seu intento de passar uma mensagem que sempre tenta estimular os outros que entram em contato com ela a pensarem e refletirem por si próprios e não tentar impor um ponto de vista, uma verdade absoluta.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Os agentes do caos

     Boa noite, meus caros! Como vocês estão? Espero que estejam todos bem! Entrem, não fiquem ao relento! Fiquem à vontade em minha casa!
     Iniciando nossa conversa... creio que vocês devam ter visto as notícias sobre os protestos em São Paulo e em outras cidades do país. Mais uma vez ficou em evidência a truculência da tropa dom Estado, a PM.  E o governador Geraldo Alckmin disse que eles agiram com profissionalismo! Por favor! Isso é uma afronta ao povo!  E não são apenas os estudantes que sofrem com ela: índios, operários das obras da copa, membros do MST e todos aqueles que ousam se opor contra o Estado. Eles não tem pena, gostam de obedecer as ordens dele pois assim podem concretizar seus intentos maléficos.


    Fiz este poema contra a PM e contra o estado, como havia prometido. Não falarei mais sobre isso, deixarei que o poema fale por mim.

   A TROPA DO ESTADO

O Estado sussurra-lhes ordens violentas
“Ataquem todos, sejam ou não inocentes”
Essas combinam com suas índoles sanguinolentas
O que é comum em almas tão dementes!

Um prazer preenche seus olhos escarlates
É a mesma cor do sangue que irão derramar
O dono ordena então o cachorro late
E com prepotência avançam para atacar!


Inexoravelmente, caminham para espancar e prender
Súbito, ergue-se uma nuvem de fumaça
Os olhos não conseguem mais ver
O corpo não obedece a mente – “Faça!”



Armados, atacam sem resquícios de piedade
Homem ou mulher, ninguém é poupado
Para eles, é insignificante a alheia liberdade
Só almejam ser temidos e respeitados!



São tidos como os heróis verdadeiros
Exaltados por uma imprensa mentirosa
Os oprimidos são tidos como desordeiros
Enquanto a tropa do Estado Vandaliza, toda pomposa!

Felizmente cresce a resistência
Cansados da opressão, os injustiçados revidam
Embora desarmados, avançam com persistência
Depois de tanta inércia, não mais se calam

Para cada ação, uma reação
Assim, a multidão outrora reprimida
Avança rumo à tão sonhada revolução
Que pelo tempo foi deveras exigida

É a lógica da matemática revolucionária
A grande maioria deve ser respeitada
Por uma minoria orgulhosa e reacionária
Melhor: ela deve ser derrubada!

Marchemos! Marchemos contra o Estado!
É hora de enfrenta-lo e em frente seguir
Ao destruir a sua corporação de executores
Ficará mais fácil de ver o edifício ruir!



E sobre suas ruínas gigantescas
Plantaremos o mais belo jardim
Sepultando para sempre as chacinas dantescas
Que à vida de muitos deu fim!


A palavra “democracia” finalmente fará sentido
A paz poderá de fato ser uma realidade
De ter lutado, ninguém ficará arrependido
Para sempre! Liberdade, igualdade, fraternidade! 

sábado, 8 de junho de 2013

Números indefinidos

     Boa noite, meus caros! Agradeço do fundo de meu coração por terem vindo visitar-me nesta madrugada chuvosa.
     O poema que mostrarei hoje fala de coisas para as quais não teremos as respostas, já que os fatos narrados acontecem desde épocas remotas. Porém, independente disso, continuamos com nossas vidas. Nietzsche dizia que deveríamos viver nossa vida como se ela fosse se repetir eternamente. Esta afirmação ao mesmo tempo que nos incentiva a apreciar esta vida, ao invés de uma suposta vida metafísica, assim como faz com que nós tenhamos vontade de mudá-la , caso não a apreciemos. Pelo menos esta é minha interpretação.
   Enfim, vamos ao poema.

    INCÓGNITA

Quantas bocas foram beijadas?
Quantas peças foram tiradas?
Quantas páginas foram passadas?
Quantas pessoas foram amadas?

Quantas mesas foram servidas?
Quantas taças foram sorvidas?
Quantos sorrisos foram dados?
Quantos abraços foram compartilhados?

Quanto sangue foi derramado?
Quantos inocentes foram machucados?
Quantas pessoas foram salvas?
Quantas ainda permanecem calmas?

Quantos foram os que caíram?
Quantos foram os que partiram?
Quantos foram os que se ergueram?
Quantos foram os que venceram?

A vida é bela como a visão noturna do universo
A vida é horrível como a dantesca visão do inferno
A vida é doce como o aroma das rosas
A vida é amarga como sanguíneas gotas

E assim segue essa misteriosa dualidade
Tão estranha e com tamanha imparcialidade
Por mais ruim que seja, melhor com ela estar
Do que com uma versão divina sonhar!