domingo, 12 de junho de 2011

Um drinque diferente

      Boa noite. Aliás, que noite fria, não concordam? Entrem logo e aconcheguem-se próximo à lareira. Creio que sentiram bem melhor do que a mercê deste frio cortante que está fazendo ultimamente. 
       Há tempos que estou devendo um poema para vós, não é mesmo? Por isso tive o trabalho de escolher um poema interessante e que fizesse valer a pena um período tão extenso de espera. Antes do poema propriamente dito, direi-lhes algo: cerca de 70% de meus poemas são frutos de experiências próprias e não tenho vergonha de relatar essas de forma poética, acredito que expor-me poeticamente de forma adequada é um dos meus escassos talentos, se é que posso falar em talentos. E este poema reflete um momento desagradável pelo qual passei há pouco mais de um ano.  





                                     DRINQUE  SINISTRO


                 

Naquele sombrio botequim havia várias bebidas
O licor da dor, whisky das sepulturas, absinto infernal
Todas elas a mim foram oferecidas
E delas todas bebi até o final

Embriaguei-me com o amargo vinho da tristeza
Acompanhado de uma belíssima dama
Dona de uma sombria e indescritível beleza
É inevitável o desejo de levá-la para a cama

De todos os cálices ela também tomou
Logo após, sentou-se em meu colo e perguntou:
"Queres que eu te leve agora, querido Roberto?"

Respondi: "Não, ainda há muito o que fazer
Existem outras bebidas que desejo sorver
Mas quando tu voltar,estarei de braços abertos!"

      Creio que vários de vós tenham se encontrado em uma situação semelhante. É uma situação comum no nosso cotidiano. Espero que aqueles que passaram por uma situação parecida com o mínimo de sequelas possíveis. 
      Bom, era isso que tinha para falar convosco. Tomem estes agasalhos, lhe protegerão do frio até que cheguem em casa. Entrem na carruagem e vamos em um breve passeio noturno antes de eu levá-los às suas residências.

4 comentários:

  1. Muito interessante! Poético soneto, onde o vinho pode levá-lo aos acordes de uma imaginação infinita, não é mesmo?

    Abraços e parabéns!

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  2. Sabes de uma coisa q gosto muito qndo entro no teu castelo? O texto introdutório q fazes antes de postar o poema. O texto em si ja é poético. Inveja-me essa capacidade q vc tem de se expressar tão bem através da poesia. Inveja boa viu? beijos

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  3. Meu caro amigo Roberto! Muito interessante as suas situações vividas e as relações com os poemas escritos! E pode ter certeza, você consegue. Já eu não consigo dessa forma, mas escrevo como uma crônica e de certo modo engraçadas, prefiro assim. Pois as tristes, procuro de certa forma esquecê-las. Aqui estou de volta, pois o seu castelo me viciou...

    Um abraço!

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