Não sei se lembram, mas semana passada havia comentado que em breve escreveria um poema sobre alguém que está dando adeus a esse mundo. Pois aqui está, eu o escrevi na madrugada de sexta para sábado, com a ajuda de minha amiga Sharon, mandei uma missiva eletrônica para ela perguntando como era "Adeus" em alemão (Obrigado Sharon!).Vamos ao poema então.
GOODBYE
Adeus, mundo repleto de futilidades
De incontáveis formas de anomalia
De hipocrisia, materialismo e vaidades
Nunca será necessária uma anistia
Algumas vezes sinto mais os ossos
Do que a já debilitada carne
Não creio que eu ainda posso
Aguentar esta ferida que tanto arde
Au revoir para os prazeres corporais
A saliva alheia nunca foi tão gostosa
Tão sensuais são os celulósicos manuais
Páginas são sólidas, desejos são fórmulas gasosas
Adiós para o tédio e a incompreensão
Apesar de haver partículas de esperança
Schopenhauer não foi a principal decisão
Pois há muito não quer ser mais criança
O que não mata torna-me mais forte
Porém fico bem mais feio
Não há motivo para depender de sorte
Fortes dela não precisam, creio
Abschied, sentidos traidores!
Apaguei as impressões todas
Abandono Locke e seus seguidores
Assim como as marcas incômodas!
Sayonara, absurdo mundo perfeito!
Leibniz estupidamente se enganou
Na ignorância alheia não se dá jeito
Diz aquele que um dia nisso pensou
Adeus! Não dá para evitar a distância!
Au revoir! Não é mais possível tentar
Adiós ó maléfica ignorância!
Goodbye! O mal a todo custo deve-se evitar!