O poema de hoje fala, acima de tudo, de manter a pureza da mente. Que possamos sempre afastar tudo que é ruim dela. De nada adianta termos saúde física se nossa mente está poluída com os mais vis e tristes pensamentos. O poema não fala exatamente de uma forma universal de preservar a integridade de nossas ideias: trata-se apenas de uma forma entre tantas. Espero que gostem.
CELIBATO
Não há fonte nenhuma de prazer
Somente uma breve masturbação mental
Para as eternas e imortais musas
Mentira! Não há somente isso!
Tem-se também os prazeres proibidos
Oriundos da preguiça e da inércia
Assim como da devassidão artística e literária!
O outrora tálamo agora é um refúgio
Para um tímido receptáculo de carne
Repleto de sonhos, reflexões
E uma hiperbólica dose de revolta!
No interior desta imensa catedral
Que não foi construída para deus algum
A mente solitária prossegue em vigília
Para que não seja corrompida pelo corpo!
E numa antítese filosófica e única
Físico e metafísico unem-se
Numa pureza repleta de prazeres vitais
Que levarão à obliteração do sofrimento!
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