sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Sobre uma criatura da noite

   Muito boa noite, meus caros! Aproveitemos essa agradável brisa noturna que vem os fazer companhia nestes dias quentes! Não entremos no castelo, fiquemos aqui fora, observando esta lua quase cheia e apreciando a paisagem noturna!
     Hum, ouviram esse bater de asas?Não, não é uma coruja, é aquela mariposa, vejam! Grande, não é? creio que seja a mesma que entrou em meu quarto na madrugada de ontem. Ela ficou no teto a me fitar, logo após ter-me assustado com seu ruidoso bater de asas. Fui dormir, com ela a me vigiar do alto. E em meu sono, versos surgiam em minha mente. Quando acordei, ela não mais lá estava e eis que a vejo aqui novamente! Deve ser ela, não vejo muitas mariposas por aqui.
    Vamos então ao poema, inspirado por este ser que invadiu meu quarto ontem, no meio da madrugada.
   
                                                MARIPOSA


Um enorme vulto voador voa na madrugada
Rompendo o silêncio noturno de forma repentina
O bater de suas asas é uma sonora pancada
Que acorda até os mais íntimos da morfina!

Esta monstruosa borboleta realmente é sinistra
Sua negra presença é imperceptível na noite
Contudo ela não é nem um pouco querida
Já que seu borboletear estala como um chicote!

Filha da escuridão, criatura das trevas!
Tais epítetos todos lhe são bem dados
Já que a luz do astro-rei te enervas
Fazendo que os da tua espécie fiquem refugiados!

E quando a noite chegar mais uma vez
Novamente surgirás da tenebrosidade
Quando não mostrarás mais timidez
E sim, tua realeza sombria para a humanidade!

E sobre a égide das entidades noturnas
Sempre estarás a planar, vista por Selene
Longe de todas as criaturas diurnas
Porém com teu negro orgulho perene!




Um comentário:

  1. Hum! Inspirado como sempre! Gostei!Elas as borboletas me inspiram tanto que tenho uma tatuada. Adoro!!

    ResponderExcluir