sexta-feira, 9 de março de 2012

A dicotomia de um ser

   Saudações, meus caros! Brisa agradável que sopra esta noite, não? Agradeço por terem aproveitado a trégua que a chuva fez para que pudessem me fazer uma visita. agradeço por vossa atenção. Acomodem-se, a lareira está acesa!
   Bom, hoje desejo falar sobre a questão da dualidade que reside em nós. Temos um lado mais luminoso, mais visível; há também outro mais escuro e sombrio, Muitas vezes esse lado sombrio não é algo tão horrível, não passa de alguns defeitos menores e que não afetam tanto aqueles que estão ao redor. Enfim, são erros que não afetam o convívio social de seu portador. Esse tipo de Ego ( falando gnosticamente, o conjunto de nossos defeitos), é sobreposto pela Essência ( lado luminoso) que está acordando aos poucos e consegue fazer com que o Ego não se manifeste de forma exacerbada. Muitas vezes, batemos de frente com um paradoxo misterioso...
   Baseado nessa imagem, fiz este poema. Vamos ao poema.
         
  
O MAIS BELO E PARADOXAL DOS ENTES

   
Ó tenebroso anjo de asas negras
Demônio alvo, nobre e santificado
Vento frio que traz ardentes brasas
Incêndio que a tudo torna gelado!

Delicado mancebo, gentil rapaz.
Rude, agressiva e impulsiva dama
Um olhar que emana tanta paz
Uma palavra que machuca quem ama!

Amável receptáculo de agressividade
Repulsivo demonstrador de passividade
Que faz-me ter visões angelicais

Exterminai minha angustiante dor
Preenchei minha alma de amor
Destruindo minhas lamúrias infernais!

   Mas... o problema é quando esses defeitos são graves e começam a trazer sofrimento tanto para aqueles que estão ao redor do ser em questão quanto a ele mesmo...

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