Bom, hoje desejo falar sobre a questão da dualidade que reside em nós. Temos um lado mais luminoso, mais visível; há também outro mais escuro e sombrio, Muitas vezes esse lado sombrio não é algo tão horrível, não passa de alguns defeitos menores e que não afetam tanto aqueles que estão ao redor. Enfim, são erros que não afetam o convívio social de seu portador. Esse tipo de Ego ( falando gnosticamente, o conjunto de nossos defeitos), é sobreposto pela Essência ( lado luminoso) que está acordando aos poucos e consegue fazer com que o Ego não se manifeste de forma exacerbada. Muitas vezes, batemos de frente com um paradoxo misterioso...
Baseado nessa imagem, fiz este poema. Vamos ao poema.
O MAIS BELO E PARADOXAL DOS ENTES
Ó tenebroso anjo de asas negras
Demônio alvo, nobre e santificado
Vento frio que traz ardentes brasas
Incêndio que a tudo torna gelado!
Delicado mancebo, gentil rapaz.
Rude, agressiva e impulsiva dama
Um olhar que emana tanta paz
Uma palavra que machuca quem ama!
Amável receptáculo de agressividade
Repulsivo demonstrador de passividade
Que faz-me ter visões angelicais
Exterminai minha angustiante dor
Preenchei minha alma de amor
Destruindo minhas lamúrias infernais!
Mas... o problema é quando esses defeitos são graves e começam a trazer sofrimento tanto para aqueles que estão ao redor do ser em questão quanto a ele mesmo...
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