domingo, 25 de agosto de 2013

Marcha animal

   Olá, queridos, boa noite! Espero que estejam todos bem. Já faz um tempo que não nos encontramos, não é verdade?
    Hoje mostrarei algumas fotos que tirei na marcha animal que ocorreu hoje, em Ponta Negra, marcha que reivindicava o fim das agressões contra os animais, assim como penas mais severas para aqueles que o fizerem. Havia muitas pessoas, mais do que eu esperava que houvesse. Em certo ponto, várias pessoas aderiram à marcha,
   Foi boa a iniciativa porém creio que a forma como ela foi conduzida foi um tanto estranha. Havia um carro de som e aquele que estava com o microfone fazia questão de dizer que era uma manifestação pacífica, o que ao meu ver foi desnecessário. Ele também em certos momentos pedia para o povo gritar ( não palavras de ordem, gritar mesmo) e dizia coisas como "Solta o som, DJ!". Em certos pontos senti-me como se estivesse numa micareta (Argh!), levando em conta o clima de animação que o locutor queria dar para a marcha e a forma como várias pessoas estavam vestidas. Enfim, foi uma boa iniciativa, mas creio que alegria não deve estar presente numa marcha que protestava contra os animais que são maltratados e muitas vezes morrem devido a essas ações cruéis. Poderia haver mais revolta entre os participantes. E no fim do trajeto, havia um palco onde ocorreram alguns shows.
    Então é isso. Segue algumas fotos e eu espero sinceramente que a próxima marcha tenha mais cara de protesto.









quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Contra Sileno

  Boa noite, meus queridos e queridas!Tudo bom com vocês? Espero que sim.
  O poema que mostrarei hoje foi feito há 3 anos e creio que seja um dos poemas mais tristes que já escrevi. Ele reflete o quanto sou contra esse pensamento pessimista de Sileno, retratado neste trecho de um ótimo livro de Nietzsche:
 
    "Reza a antiga lenda que o rei Midas perseguiu-o na floresta, durante longo tempo, sem conseguir apanhá-lo. Quando, por fim, ele veio a cair em suas mãos, perguntou-lhe qual dentre as coisas era a melhor e a mais preferível para o homem. Obstinado e imóvel, calava-se; até que, forçado pelo rei, prorrompeu finalmente, por entre um riso amarelo, nestas palavras: - Estirpe miserável e efêmera, filhos do acaso e do tormento! Por que me obrigas a dizer-te o que seria para ti mais salutar não ouvir? O melhor de tudo é para ti inteiramente inatingível: não ter nascido, não ser, nada ser. Depois disso, porém, o melhor para ti é logo morrer" (Nietzsche, "O nascimento da tragédia").

    Vamos então ao poema. Espero que o apreciem, apesar da tristeza que ele passa.

ALICIA

Uma doce e metafísica criatura
Que reside no abstrato mundo das ideias
Num estado vegetativo, eternamente estática
Esperando inutilmente por uma luz

Será que este pequeno e gentil ser
Outrora correu alegre pelas planícies?
Foi acariciado pelo bondoso sol primaveril,
Encantou-se com o esplendor do plenilúnio?

Será que um dia ela quebrará
Este ciclo interminável de apatia?
Por enquanto lá ela permanece
Com suas frágeis mãos no peito

Congelada para sempre estás
No eterno tédio do ato de não-ser
Tua doce alma vagando pelo vazio
Atormentando a minha débil existência

Tu estás devidamente protegida
Num esquife etéreo que para ti criei
Estarás para sempre sepultada
No mausoléu do meu anêmico coração!...



  

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Sobre algo muito especial

  Boa noite, meus caros! Sejam bem vindos ao meu castelo. Espero que apreciem o nosso primeiro encontro de Agosto.
   Nesta madrugada, apresentarei um poema que escrevi esta semana. Ele fala de algo que não é exatamente essencial para viver mas que com ele, a vida fica muito mais agradável e bela. Este poema teve as influências das filosofias de Epicuro e Siddharta Gautama ( mais conhecido como Buda). Espero que apreciem. Hum... fico a me perguntar... há algo em vossas vidas que se pareça com o que é descrito no poema?

NECESSIDADE ESPECIAL

Mais do que simplesmente excepcional
É uma exceção mais do que essencial
É um desejo onírico que se tornou real
É simplesmente uma necessidade especial

É um complemento para a eidaimonia
Uma inexorável e prazerosa fonte de alegria
Que foi descoberta em uma hora tardia
É das melhores reservas de energia

É uma espécie de platônica igreja epicurista
Não há alma que a ela resista
Na verdade, por ela sempre suplica
Insistindo que sempre lhe faça uma visita

E se por um acaso essa fonte s esgotar
Não haverá razão para se lamentar
Já que é preciso a impermanência aceitar
Todavia, nunca, jamais, deixar de amar!

Mas por ora do fim devemos nos esquecer
Já que distante ainda está do dia de morrer
O presente diz que desta fonte deve-se sorver
Desde o crepúsculo até o amanhecer!