terça-feira, 31 de maio de 2011

      Boa noite a todos. Sejam mais uma vez bem-vindos aos meus humildes domínios. Acredito até ser uma ousadia chamar assim meu simples castelo; desculpem-me se estou sendo demasiadamente tomado pela soberba. 
      Esta noite vou mostrar-lhes um poema que fiz há duas semanas atrás e e do qual gostei muito. Espero que não haja equívoco em vosso julgamento sobre este poema: ele não é realmente o que parece. Presto que fiquem atentos à mensagem que ele passa.


                                                                        MORFINA


    


Ò nívea substância da qual necessito tanto!
Partícula cristalizada do célebre ópio!
Te busco, te desejo, te amo, te canto
Para ti, só tenho amor e nenhum ódio.

Meu corpo te deseja de forma obsessiva!
Podes sentir o calor que dele irradia?
Ah, necessito beijar tua boca lasciva
Para que tua saliva cure minha emocional hemorragia!

A dor! Ela está sempre aqui, me consome
Como uma sanguessuga inexoravelmente faminta
Essa atividade enfraquece-me, tenho muita fome
Uma fome atroz duvido que alguém a sinta!

Bem,- vinda sejas tu ao interior de minhas veias
Entrai pelos ferimentos e chagas já abertos
Para que eu me liberte destas férreas teias
E parta em busca de meus pedaços por este deserto!

Sinto-me muitos pois fui infinitamente esquartejado
Por idéias de conceitos oriundas de doentias mentes
Por anos e anos senti-me assaz arruinado
Meu cérebro escravo de ideologias dementes!

Por isso rogo-te, querida: funda-se a mim
Seja meu simbionte, minha plásmica meretriz
Ponha nas minhas hediondas angústias um fim
Mostre-me  o que de fato é ser feliz!

     Pronto! Espero que tenham prestado atenção na mensagem e se o tiverem feito, verão que todos nós procuramos a nossa morfina e que não há nada de errado nisso.
     Mais uma vez agradeço vossa visita e até breve meus queridos! Blessed be thy soul!

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