Saudações, meus caros! Sejam bem vindos mais uma vez bem vindos ao meu castelo! Vejo que vieram acompanhados de uma bela dama lunar, que está a iluminar vosso caminho.Estava aqui na janela a admirá-la, está muito bela hoje. Creio que sofro de uma espécie de amor por ela... ou talvez seja um amor por tudo que é belo. Creio que seja mesmo a segunda opção.
Creio que vós já sentiste o desespero bater em tuas portas, não é verdade? Ou melhor, já sentiram-no adentrar vossos lares, o que é bem pior. Faz parte da existência humana passar por este processo. O poema que vou mostrar-lhes hoje fala justamente sobre isso, assim como ele aponta uma possível solução para o problema. Esse poema foi feito baseado em ideias gnósticas e em algumas citações de Krishnamurti.
ZETSUBOU
“Ima watashi wa zetsubou ni”
Prière, “ORATIO”
Quando aumentarem as trilhas labirínticas
Quando por dentro te sentires inferior
Quando aumentar a sensação claustrofóbica
Quando tudo escurecer ao teu redor
Por teus deuses irás chamar
Todas as filosofias irás usar
Em todos os sustentáculos te apoiar
Todos teus amigos irás chamar
Lágrimas de teus olhos irão escorrer
Teu coração mais rápido irá bater
Sentirás tua energia enfraquecer
Tua alma começará a morrer
Então descobrirás a bendita solução:
Um antigo e sábio estratagema
Para resolver este maldito problema:
Refugia-te solitariamente em teu coração!
Realmente...
ResponderExcluirem algumas horas de abandono a dor, nos sentimos tão pequenos e frágeis a ponto de nos ancorarmos em qualquer lugar ou pessoa que tente abrandar ou diminuir a lacuna dorida. Porém, apenas o próprio ser pode, com o tempo, voltar a si. O que nos resta é, portanto, a certeza de que a melhora de nossa alma está no recanto labiríntico de nossa alma/coração e não em outro deus fantástico de salvação.
obg pela reflexão!!!
De fato. Muitas vezes buscamos soluções fora de nós quando ela está dentro de nós. É na solidão psicológica que o indivíduo tem a oportunidade de se conhecer e tornar-se autônomo.É na solidão psicológica que se percebe a verdadeira força do indivíduo, é quando ele se desapega de todo e qualquer conceito, deixando de usá-los como sustentáculo para o seu ser, sustentáculos estes que podem desmoronar a qualquer momento, levando junto aquele que nele se apoia.
ResponderExcluirUm desenrolar de fatos reais e desesperadores. Tão reais que no seu poema, ver-se detalhes dos mesmos.Parabéns por defini-los tão bem, amigo Roberto Noir!
ResponderExcluirMuito bom o seu poema! Mas o q vc escreveu logo após, sobre solidão psicológica, tem uma carga emocional, para mim, muito maior q o próprio porma.
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