sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Um belo poema de uma poeta deveras talentosa

    Boa noite! Está virando um hábito esses nossos encontros na Sexta. Não programei isso, é algo que ocorre naturalmente...
   Hoje, mais uma vez, venho apresentar um poema de outra pessoa que não eu. Hoje venho apresentar o belíssimo poema de minha amiga Shannya Lacerda, que possui um recanto seu uma morada que nem a minha onde ela estará pronta para recebê-los e dar-lhes a devida atenção. Chama-se Rosa do Cairo e vós podeis acessá-lo, é só ir aqui do lado, não fica longe daqui.
     Vamos ao poema. Espero que gostem. Eu particularmente tive um orgasmo estético, é um poema por demais belo.


                                           ADMITIR


       

Admitir, criar
Jogar com o calafrio
Com aquele calar em que rio
Sem perceber que falei
As palavras que pensei

Admitir, perder
Composições mortas
Com sudários de festas
E bebidas sanguinolentas
De suor. Galanteios perdidos. E
                                    [ o que resta?

Admitir não admite
Criar fendas
E se esconder em negros
Espaços do tempo;
Criando fendas,
Vou construindo eu e meu tempo
Desbotado pela anemia
Em que se abateram minhas
                   [convulsões do momento.

Autora: Shannya Lacerda


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