MONUMENTO À MELANCOLIA
Num lago onírico de lágrimas metafísicas
Como é belo! Merece mil elegias
Mesmo sendo feito só de tristeza
Dirigindo-se a ele, prostra-se de joelhos
E com lábios salgados e angustiados
Oscula a base do monumento
Fabricando assim seu próprio ídolo!
Logo após tamanha demonstração
De devoção pela sua própria obra
Toca o gélido mármore da escultura
Que mais parece um adereço dum túmulo!
Quando sente que dele aproxima-se
O derradeiro momento de sua ida
Uma sensação tétrica invade os recônditos
De sua negra e lutuosa alma!
Logo que parte de seu santuário
Sente a latente e impiedosa ânsia
De regressar sempre e sempre
Este é o seu calvário artístico!
Maravilha de poema, Roberto! Parabéns duplamente, pela criatividade que vem adicionada a uma obra tão concorrida: O GRITO. E pelo número de visitas. Continue assim...Vale sim, voltar!
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