Boa noite a todos! Tudo bem com vocês? Que bom!
Hoje
gostaria de falar um pouco sobre a questão da justiça. Por que falar disso? Devido a algumas questões que andamos vendo
nos telejornais, onde vemos uma disputa entre o poder judiciário e o
legislativo. Como muitos de vocês devem saber, há uma disputa entre esses
poderes: o assunto da briga é a suspensão do mandato de parlamentares que foram
condenados no processo do tão falado “mensalão”. Segundo o STF, os
parlamentares que foram condenados devem ter seus mandatos políticos cassados
imediatamente. Já o legislativo diz que quem deve definir isso é o congresso,
ou seja, os políticos em Brasília. Mas quem está certo nisso?
Bom,
assume-se que todos são iguais perante a lei. Isso foi determinado num
documento logo após a revolução francesa, em 1789. Antes da revolução, não
havia na França sequer a repartição dos poderes, já que todo o poder estava
concentrado nas mãos do rei: ele criava, julgava e executava as leis. Não é
preciso dizer que não havia igualdade jurídica: lógico que aqueles que eram a
favor do rei eram favorecidos e aqueles que eram contra esse poder absoluto
eram culpados do que quer que fosse, mesmo sendo inocentes.
Voltando
ao Brasil: aqui o problema é que, segundo a maior parte dos políticos, o
legislativo é que deve decidir se os condenados têm ou não seus mandatos
cassados. Isso bate de frente com a decisão do STF, que diz que os mandatos
devem ser suspensos imediatamente. O problema é que nota-se claramente que há
uma desigualdade perante a lei. Não sei se vocês concordam comigo, mas na minha
opinião, se alguém comete um crime, independente de sua cor, sexualidade, classe
social ou profissão, deve ser julgado e se condenado, deve pagar por seus
crimes. Não deve haver nenhum privilégio, já que TODOS são iguais perante a
lei. Foi por isso que filósofos como Voltaire e Locke escreveram seus livros:
devido às injustiças de sua época, onde a nobreza e o clero viviam às custas do
povo. Aqui no Brasil ocorre algo parecido: pagamos os salários desses senhores
(salários completamente desproporcionais: os políticos brasileiros são os mais
caros do mundo), eles não fazem a sua parte, se envolvem em esquemas de
corrupção e não são devidamente punidos. Querem estar acima da justiça, sendo
julgados por seus semelhantes. Se pararem para pensar, meus caros, se eles
forem julgados por eles mesmos, nunca serão condenados, já que muitos “têm
culpa no cartório”. Se um é condenado, entrega os outros. Creio que vocês
entenderam tudo, não é preciso mais explicações.
Continuando,
faço uma pergunta: como alguém que está condenado por se envolver em esquemas
de corrupção está apta a criar e aprovar lei??? Isso para mim é um absurdo
extremo, algo inconcebível.
Outra
coisa que tenho notado muito é o crescimento da insatisfação popular com os
políticos. Isso é muito bom, já estava na hora. Porém coisas que me preocupam:
muitos são ativistas e revoltados, ou assim dizem, mas parece que só o são nas
redes sociais. No último, “Fora Rosalba” que houve, cerca de 600 pessoas
afirmaram que iam mas no dia não compareceram 100. Pelo menos até o momento em
que permaneci no protesto, não havia 100 pessoas. Outra coisa que tem me
preocupado é que quando se critica aspectos gerais do Brasil, muitas vezes usa-se
a figura de Lula para fazê-lo. Não há motivo para isso: Lula pode ter errado em
alguns pontos, eu mesmo discordo de certas coisas, contudo não se pode negar
que o Brasil está melhor e que a elite capitalista do nosso país está
preocupada com isso: afinal, desde quando elites desejam igualdade? Se
voltarmos um pouco no tempo, veremos o que as privatizações fizeram de mal para
o Brasil e se analisarmos um pouco, veremos também como a mídia burguesa se
preocupa em denegrir a imagem do PT. Tudo bem, alguns membros do partido
erraram mas não é motivo para essa perseguição até porque outros políticos de outros
partidos se envolveram em escândalos e ninguém ouve seus partidos serem citados
com a mesma veemência pela maior parte da imprensa. Lógico, a maior parte da
imprensa é burguesa! E foi essa mesma imprensa burguesa que omitiu a corrupção que
houve no processo de privatização de empresas do nosso país( que para mim já é
um ato criminoso, mesmo sem corrupção). Existe um livro, chamado “A privataria
tucana” que mostra documentos que comprovam o esquema que foi escondido, graças
à imparcialidade da nossa imprensa. Aliás, por falar em privatização, seria
interessante se o atual governo começasse um processo de estatização das empresas
que prestam serviços básicos à população, que tal?
Fico
por aqui, Agradeço vossa atenção e até a próxima!
Lendo o seu texto, percebo que o Brasil não cresce, nos decepciona muito com estes grupos de corruptos, com estas leis antiguadas, com a discriminação, com esta falta de mudanças, com estas lentidões em todos os aspectos. Enfim, ficamos à mercê de políticos de bolsos cheios e de povo pacífico. E povo sub-julgado, povo escravo...Parabéns pelo texto, Roberto!
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