domingo, 10 de fevereiro de 2013

Um pouco de política.


Boa noite a todos! Tudo bem com vocês? Que bom!
Hoje gostaria de falar um pouco sobre a questão da justiça. Por que falar disso?  Devido a algumas questões que andamos vendo nos telejornais, onde vemos uma disputa entre o poder judiciário e o legislativo. Como muitos de vocês devem saber, há uma disputa entre esses poderes: o assunto da briga é a suspensão do mandato de parlamentares que foram condenados no processo do tão falado “mensalão”. Segundo o STF, os parlamentares que foram condenados devem ter seus mandatos políticos cassados imediatamente. Já o legislativo diz que quem deve definir isso é o congresso, ou seja, os políticos em Brasília. Mas quem está certo nisso?
Bom, assume-se que todos são iguais perante a lei. Isso foi determinado num documento logo após a revolução francesa, em 1789. Antes da revolução, não havia na França sequer a repartição dos poderes, já que todo o poder estava concentrado nas mãos do rei: ele criava, julgava e executava as leis. Não é preciso dizer que não havia igualdade jurídica: lógico que aqueles que eram a favor do rei eram favorecidos e aqueles que eram contra esse poder absoluto eram culpados do que quer que fosse, mesmo sendo inocentes.
Voltando ao Brasil: aqui o problema é que, segundo a maior parte dos políticos, o legislativo é que deve decidir se os condenados têm ou não seus mandatos cassados. Isso bate de frente com a decisão do STF, que diz que os mandatos devem ser suspensos imediatamente. O problema é que nota-se claramente que há uma desigualdade perante a lei. Não sei se vocês concordam comigo, mas na minha opinião, se alguém comete um crime, independente de sua cor, sexualidade, classe social ou profissão, deve ser julgado e se condenado, deve pagar por seus crimes. Não deve haver nenhum privilégio, já que TODOS são iguais perante a lei. Foi por isso que filósofos como Voltaire e Locke escreveram seus livros: devido às injustiças de sua época, onde a nobreza e o clero viviam às custas do povo. Aqui no Brasil ocorre algo parecido: pagamos os salários desses senhores (salários completamente desproporcionais: os políticos brasileiros são os mais caros do mundo), eles não fazem a sua parte, se envolvem em esquemas de corrupção e não são devidamente punidos. Querem estar acima da justiça, sendo julgados por seus semelhantes. Se pararem para pensar, meus caros, se eles forem julgados por eles mesmos, nunca serão condenados, já que muitos “têm culpa no cartório”. Se um é condenado, entrega os outros. Creio que vocês entenderam tudo, não é preciso mais explicações.
Continuando, faço uma pergunta: como alguém que está condenado por se envolver em esquemas de corrupção está apta a criar e aprovar lei??? Isso para mim é um absurdo extremo, algo inconcebível.
Outra coisa que tenho notado muito é o crescimento da insatisfação popular com os políticos. Isso é muito bom, já estava na hora. Porém coisas que me preocupam: muitos são ativistas e revoltados, ou assim dizem, mas parece que só o são nas redes sociais. No último, “Fora Rosalba” que houve, cerca de 600 pessoas afirmaram que iam mas no dia não compareceram 100. Pelo menos até o momento em que permaneci no protesto, não havia 100 pessoas. Outra coisa que tem me preocupado é que quando se critica aspectos gerais do Brasil, muitas vezes usa-se a figura de Lula para fazê-lo. Não há motivo para isso: Lula pode ter errado em alguns pontos, eu mesmo discordo de certas coisas, contudo não se pode negar que o Brasil está melhor e que a elite capitalista do nosso país está preocupada com isso: afinal, desde quando elites desejam igualdade? Se voltarmos um pouco no tempo, veremos o que as privatizações fizeram de mal para o Brasil e se analisarmos um pouco, veremos também como a mídia burguesa se preocupa em denegrir a imagem do PT. Tudo bem, alguns membros do partido erraram mas não é motivo para essa perseguição até porque outros políticos de outros partidos se envolveram em escândalos e ninguém ouve seus partidos serem citados com a mesma veemência pela maior parte da imprensa. Lógico, a maior parte da imprensa é burguesa! E foi essa mesma imprensa burguesa que omitiu a corrupção que houve no processo de privatização de empresas do nosso país( que para mim já é um ato criminoso, mesmo sem corrupção). Existe um livro, chamado “A privataria tucana” que mostra documentos que comprovam o esquema que foi escondido, graças à imparcialidade da nossa imprensa. Aliás, por falar em privatização, seria interessante se o atual governo começasse um processo de estatização das empresas que prestam serviços básicos à população, que tal?
Fico por aqui, Agradeço vossa atenção e até a próxima!

Um comentário:

  1. Lendo o seu texto, percebo que o Brasil não cresce, nos decepciona muito com estes grupos de corruptos, com estas leis antiguadas, com a discriminação, com esta falta de mudanças, com estas lentidões em todos os aspectos. Enfim, ficamos à mercê de políticos de bolsos cheios e de povo pacífico. E povo sub-julgado, povo escravo...Parabéns pelo texto, Roberto!

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