sábado, 6 de julho de 2013

Algo que nunca está perto

     Boa noite, meus caros! Espero que todos tenham passado bem esses últimos dias, assim como eu tenho passado. Por favor, entrem, saiam desse frio. Aproveitem o calor de minha residência.
     O poema que irei  mostra-lhes foi escrito durante a madrugada, quando o dia estava prestes a amanhecer, porém ao invés do sol, venho a chuva. É uma ideia que já tinha em mente há um tempo mas que só se materializou há pouco tempo. O poema fala de distância, uma distância que não é perene, que insiste em desafiar a lei da impermanência das coisas. Espero que gostem.

                                 DISTANTE


Não precisas incomodar-te em sair
Pois o que não se deseja não está aqui
Está agora em distantes paisagens metafísicas
Onde brotam as mais lindas rosas tísicas!

Parece que nunca é bom o suficiente
Sem demonstrar o quanto é demente
Não é um sentimento de superioridade
E sim de uma atroz incompatibilidade!

O epíteto da morte foi tomado
Este fardo é constantemente usado
O preço é deveras alto para se pagar
Contudo há uma enorme quantia para gastar!

Sem sair do lugar, permanece vagando
Nunca no mesmo lugar ficando
Quão estranho é esse nomadismo estático
Porém demonstrou ser o caminho mais prático!

Sempre rejeitando de forma assistemática
De uma maneira considerada bastante apática
Aparentemente vivendo em uma outra dimensão
Mas está apenas a purificar seu pútrido coração!

Um comentário:

  1. Tá lindo o seu Blog. Sabe o que eu gosto mais em poesia? Essa possibilidade de nos despirmos e ainda assim estar envolto em palavras que nos protegem de nos tornarmos de verdade revelados. Quando puder, visita o meu Blog http://doqeugosto.blogspot.com.br/ Vai conhecer o meu jeito de falar de mim. bjs

    ResponderExcluir