O poema que irei mostra-lhes foi escrito durante a madrugada, quando o dia estava prestes a amanhecer, porém ao invés do sol, venho a chuva. É uma ideia que já tinha em mente há um tempo mas que só se materializou há pouco tempo. O poema fala de distância, uma distância que não é perene, que insiste em desafiar a lei da impermanência das coisas. Espero que gostem.
DISTANTE
Não precisas incomodar-te em sair
Pois o que não se deseja não está aqui
Está agora em distantes paisagens metafísicas
Onde brotam as mais lindas rosas tísicas!
Parece que nunca é bom o suficiente
Sem demonstrar o quanto é demente
Não é um sentimento de superioridade
E sim de uma atroz incompatibilidade!
O epíteto da morte foi tomado
Este fardo é constantemente usado
O preço é deveras alto para se pagar
Contudo há uma enorme quantia para gastar!
Sem sair do lugar, permanece vagando
Nunca no mesmo lugar ficando
Quão estranho é esse nomadismo estático
Porém demonstrou ser o caminho mais prático!
Sempre rejeitando de forma assistemática
De uma maneira considerada bastante apática
Aparentemente vivendo em uma outra dimensão
Mas está apenas a purificar seu pútrido coração!
Tá lindo o seu Blog. Sabe o que eu gosto mais em poesia? Essa possibilidade de nos despirmos e ainda assim estar envolto em palavras que nos protegem de nos tornarmos de verdade revelados. Quando puder, visita o meu Blog http://doqeugosto.blogspot.com.br/ Vai conhecer o meu jeito de falar de mim. bjs
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