Hoje mostro-lhe um poema que foi baseado nos ensinamentos budistas e em meus estudos, reflexões e experiências acerca das paixões e desejos humanos. Acrescento ao mesmo uma epígrafe que é um trecho do livro " A doutrina de Buda". Espero que gostem e que possam refletir sobre o assunto.
RUÍNA
A retina é muito apegada ao passado
Insistindo em imortalizar algo perecível
Assim como o coração ama o que foi acumulado
Tornando-se bastante furioso e inflexível
O mel na lâmina é gostoso
Contudo não se deve dele provar
Já que além de agradável, é danoso
Podendo até mesmo a vida obliterar
É estupidez tomar veneno para matar a sede
Tudo culpa de um desejo maldito
Que aprisiona o ser numa grande rede
Fazendo o sofrimento parecer infinito
Capturado pelas ondas da ignorância
Afogou-se rapidamente no desespero
Tudo começou por causa da ganância
Então o ser perdeu-se por inteiro
Infelizmente os erros são justificados
Usando-se o adágio “Errar é humano”
O certo torna-se mais incomum do que o errado
E o ser torna-se cada vez mais insano!
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