sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Um poema inspirado por Edith Piaf

  Good evening, my friends! How do you do? I hope you are fine, like i am now with your visit!
  Bem, não sei se vós sabeis mas aqueles que produzem arte várias vezes além de se inspirarem em vários fatos de sua vida pessoal e do cotidiano, muitas vezes se inspiram nas obras de outros artistas.
   É o caso deste poema que vou mostrar-lhes agora. Ele foi inspirado por um clássico, cantado pela cantora francesa Édith Piaf, " Ne me quitte pas" ( Não me deixe ). Baseado nele, fiz este poema.

   
                                    DESNECESSÁRIO
                                                                                                      Em homenagem a Édith Piaf



No limiar de toda a incerteza
Quando já não havia mais
Nenhum resquício de absoluta certeza
Tu sussurraste: “Ne me quitte pas”

No palco há muito espaço
Pois lá não há mais nada
Mesmo assim, no auge do cansaço
Disseste “Ne me quitte pas” emocionada

Então, num ímpeto inesperado
Mais uma vez te exaltaste
E com teu coração desesperado
“Ne me quitte pas !!”, tu gritaste

No desespero que é originário
De uma angustiante e suposta partida
Deixa-se à parte o necessário
Esquece-se de todas as saídas

Poios não se enxerga mais
 Que não há mais padrões
Foram quebrados juntos com a rima
Tua visão distorcida completamente
Por um comportamento alheio e anormal
Tua mente violada involuntariamente
Por um devasso tão ingênuo
Tudo se confunde mas tudo bem
Fica tudo subentido no não dito
Não há tristeza, rancor, saudade
Só um brilho eterno num olhar juvenil
A refletir uma antiga satisfação


   Sei que esse poema foge um pouco de meu estilo, porém espero que tenha ficado do vosso agrado. E então, fui bem sucedido nest audaciosa empreitada ou terei eu arriscado-me por demais? 
    See you soon...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

PRÓLOGO
   Uma figura está a olhar o céu noturno, através de uma janela localizada no alto de sua morada. Através dela entram os níveos feixes lunares, iluminado timidamente o recinto e uma mesa. Em cima destas, alguns objetos simples porém deveras úteis para registra seus pensamentos, sentimentos e reflexões: várias folhas de papel , uma pena e um vidro de nanquim. Pode parecer pouco, mas é o suficiente: ela não deseja muito mais do que isso para ser feliz.
    Os olhos  deste ser não es tão a mirar a lua e as estrelas; nem mesmo seus pensamentos estão aqui. Eles estão imersos nas mais filosóficas correntes, afogando-se em questões metafísicas, envolvendo os sentimentos de apego que o ser humano tem por insistência em nutrir. Inclusive ele mesmo.
     Eis que seus devaneios são interrompidos e então aos poucos ele retorna de forma definitiva a este mundo físico. Direciona-se lentamente à sua mesa, pega da pena, mergulha  no vidro de nanquim e começa a escrever no papel os resultados de seus  pensamentos de agora há pouco. Com a frenética velocidade com que escreve, em poucos minutos este escrito ficará pronto. E de fato não demora para que isso ocorra.
     E assim que ele termina a última palavra do poema, alguém bate à sua porta. Ele levanta-se, caminha até a janela e observa o exterior de sua residência. Há um grupo de pessoas, velhos conhecidos que sempre vem visita-lo, entre eles uma conhecida poeta que sempre vem visitar sua modesta morada. Sorrindo, ele pega a folha recém-rabiscada e desce as escadas com um leve sorriso em seu delgado rosto, disposto a mostrar seu trabalho recém-criado para os seus ilustres visitantes.

FIM DO PRÓLOGO

      Boa noite, meus queridos! Sejam bem vindos mais uma vez. Desculpe se demorei a atender, é que me encontrava bastante ocupado: estava a escrever um poema. E é ele que desejo ler para vós, é um reflexão minha acerca do sentimento conhecido como saudade, que para mim é uma espécie de apego ao passado. Aqui está, vou lê-lo agora.

                             A MORTE DA SAUDADE


Uma prisão da qual não se deve sair
Uma dor que não se deve sentir
Uma idealização que não existe
Um momento que não persiste

Que ele continue sempre inativa
Inerte como é, fiel nativa
De uma terra de inércia letárgica
Eterna e sorumbaticamente apática

Que os já sofridos glóbulos oculares
Não se apeguem a imagens tumulares
Que os farão viver uma ilusão
Oriunda de uma nociva idealização

Que a paz possa permanecer
Sem que a razão tenha de perecer
Que a tumba não seja mais visitada
Que toda a angústia seja deletada

Que não haja mais o passado
Que o futuro não seja pensado
Que o rio da vida sempre corra
Para que a realidade não morra!

         Espero que tenham gostado e que nós possamos juntos refletir sobre esse sentimento chamado saudade, palavra que sempre inspirou os artistas e sempre despertou fortes lembranças e discussões entre muitos pensadores.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sexta feira 13

   Boa noite! Apesar de ser Sexta feira 13, estou aqui e não se preocupem, esse gato preto que passou por vós não dará azar: é meu amigo Cris. Ele é inofensivo e gosta muito da companhia humana, fiquem à vontade para acariciá-lo. 
    Apesar de particularmente enxergar o dia de hoje como um dia qualquer, não posso deixar de apreciar todas estas superstições e falatórios sobre esse dia. Particularmente não tenho superstições porém acho-as interessantes, analisando-as a partir do ponto de vista estético-artístico. Bom talvez tenha um pouco de superstição em relação ao numero 10, ele está muito presente em minha vida...
    E aproveitando o clima de sexta feira 13, eis um poema um tanto... macabro!


              

VÍCTIME D'UN DÉMON
"Essa devassa indiferente...
...Jamais, em verão ou inverno,
Sentiu do amor o apelo ardente

Com suas negras seduções,
Seu cortejo infernal de horrores
Seus venenos e dIssabores
Seus timbres de ossos e grilhões!
Baudelaire,  "O VINHO DO ASSASSINO"





Foi na hora em que o sol mais brilhava
Minha alma transbordava de felicidade
Não me sentia mais um monstro
Pois ser feliz é uma humana propriedade!

Quando estava aprendendo a superar o medo
Quando a semente da confiança estava brotando
Me vem isto! Um golpe preciso, deveras mortal
Que fez com que minha alma ficasse sangrando!

Por muito tempo eu não suportei
Morri! A hemorragia espiritual me matou
Foi uma tremenda atrocidade contra mim
Pois com o mais belo dos meus sonhos acabou!

O que me conforta é que não foi um ser humano
Que me assassinou, sem dó nem piedade
Foi um demônio que saiu do inferno
Somente para cometer essa crueldade!


      Hum... de fato, esse poema é bem adequado para a ocasião. Este eu pretendo colocar junto com outros similares, será um livro só com poemas de morte. Será um livro deveras tétrico...
      Hora de nos despedirmos também. Eu vos acompanharei até a saída e cuidado com as criaturas da noite! Desculpem, não resisti... (risos). Nada haverá de acontecer com vós, garanto. Partam em paz, meus amigos! Espero por vosso retorno!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Uma obra prima

    Olá, meus queridos! Sejam bem-vindos mais uma vez. Aconcheguem-se em seus lugares pois a noite de hoje será especial. Estão curiosos? Pois saciarei vossa curiosidade. Estou aqui hoje para que tenham uma experiência  estética inesquecível. Desejo compartilhar convosco um belíssimo poema, um dos melhores que li no ano que se passou e um dos melhores que já li em minha vida. O orgasmo estético que me foi proporcionado por este poema foi incrível e gostaria que experimentassem essa sensação junto comigo, numa verdadeira orgia artística.
Palavras não podem descrever a beleza deste poema, é preciso vivenciá-la. Façamos isso juntos agora!

   Sacrifício ritual

Teu corpo é altar pagão
Consagrado ao desejo
Onde todas as noites
- ora cordeiro, ora Leão -
Elejo-me holocausto
Abraço a minha sorte
E a - pequena - morte
Ofereço a ti, Deusa


    

domingo, 1 de janeiro de 2012

O primeiro poema do ano

   Olá, meus caros visitantes! Sejam bem vindos mais uma vez! Sinto que devo desculpas inesgotáveis a todos vocês pela minha ausência de quase 2 meses porém devo salientar- lhes que estive muito ocupado e que também houve alguns... problemas técnicos que foram devidamente resolvidos. Prometo que de agora em diante as coisas se normalizaram e que não deixarei meu castelo abandonado por tanto tempo.
    Bom espero que esse ano seja muito bom para nós todos e devo acrescentar que não é só em época de festas que devemos ser bons uns com os outros e refletir sobre nossos atos. Isso deve ser feito a todo o tempo e deve ser tão natural quanto o ato de respirar.
     E para começar o ano, nada mais adequado do que um poema que se chama 1 de janeiro. Ele foi escrito no dia 1 de janeiro de 2010, num período em que eu ansiava por mudanças urgente pois minha vida estava um caos.

                                        1° DE JANEIRO

                                               
                         Imagem retirada do blog allegrobgblog.wordpress.com

Mais uma vez outra caminhada começa
Desta vez à procura da desejada esperança
Estou dizendo para o tempo que tenho pressa
Mesmo sabendo que nunca mais serei criança

No horizonte, nuvens negras e relâmpagos vejo
A bonança ainda não consigo visualizar
Alcançar um oásis neste deserto é o que desejo
Por isso desde já começo o meu caminhar

Tudo me parece muito igual
Não há alegria, parece tudo tão banal
Olho ao redor, tudo continua a morrer

Mas não penses assim, tolo homem!
Esquece essas angústias que o consomem!
Apenas preocupa-te com a tarefa de viver!

     
    Sinto que esse ano será ainda melhor do que os outros. Espero que sintam o mesmo.Espero também que sempre possa conseguir fazer belos poemas para vós, meus caros. Então, até breve!