sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sexta feira 13

   Boa noite! Apesar de ser Sexta feira 13, estou aqui e não se preocupem, esse gato preto que passou por vós não dará azar: é meu amigo Cris. Ele é inofensivo e gosta muito da companhia humana, fiquem à vontade para acariciá-lo. 
    Apesar de particularmente enxergar o dia de hoje como um dia qualquer, não posso deixar de apreciar todas estas superstições e falatórios sobre esse dia. Particularmente não tenho superstições porém acho-as interessantes, analisando-as a partir do ponto de vista estético-artístico. Bom talvez tenha um pouco de superstição em relação ao numero 10, ele está muito presente em minha vida...
    E aproveitando o clima de sexta feira 13, eis um poema um tanto... macabro!


              

VÍCTIME D'UN DÉMON
"Essa devassa indiferente...
...Jamais, em verão ou inverno,
Sentiu do amor o apelo ardente

Com suas negras seduções,
Seu cortejo infernal de horrores
Seus venenos e dIssabores
Seus timbres de ossos e grilhões!
Baudelaire,  "O VINHO DO ASSASSINO"





Foi na hora em que o sol mais brilhava
Minha alma transbordava de felicidade
Não me sentia mais um monstro
Pois ser feliz é uma humana propriedade!

Quando estava aprendendo a superar o medo
Quando a semente da confiança estava brotando
Me vem isto! Um golpe preciso, deveras mortal
Que fez com que minha alma ficasse sangrando!

Por muito tempo eu não suportei
Morri! A hemorragia espiritual me matou
Foi uma tremenda atrocidade contra mim
Pois com o mais belo dos meus sonhos acabou!

O que me conforta é que não foi um ser humano
Que me assassinou, sem dó nem piedade
Foi um demônio que saiu do inferno
Somente para cometer essa crueldade!


      Hum... de fato, esse poema é bem adequado para a ocasião. Este eu pretendo colocar junto com outros similares, será um livro só com poemas de morte. Será um livro deveras tétrico...
      Hora de nos despedirmos também. Eu vos acompanharei até a saída e cuidado com as criaturas da noite! Desculpem, não resisti... (risos). Nada haverá de acontecer com vós, garanto. Partam em paz, meus amigos! Espero por vosso retorno!

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