sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Um poema de carnaval

   Olá boa noite! Entrem logo, já estão todos molhados! A chuva os pegou de surpresa, pelo visto. Fiquem à vontade para secar-se, já acendi a lareira para espantar o frio.
   Hum... notaram quão deserta estão as redondezas? Nessa época de carnaval é assim mesmo, muitos viajam para aproveitar essa festa. Eu? Não, não aprecio a festa e vejo que vós também não, já que estão aqui agora. Ou viajarão depois? Bom, mas isso não vem ao caso. No meu caso, especificamente, aproveitarem este feriado prolongado para apreciar a arte em suas mais diversas formas.
    Hoje vou apresentar-lhes um poema falando sobre o carnaval, que fiz há 2 anos atrás ( o aniversário do poema foi ontem! ).Bom, acho que ele é diferente do que vós estais a esperar... ei-lo aqui.


                            EM MAIS UM CARNAVAL DE ILUSÕES
                     DESCOBRI O CAMINHO DA FELICIDADE


A solidão sempre foi meu samba-enredo
No carro abre-alas a angústia e a dor
Os foliões dançam e cantam a noite toda
Com um enorme e respeitável vigor!

As alas são vermelhas como o meu sangue
Também são negras como a escuridão
Nos carros alegóricos, etapas da minha vida
Amigos, realizações, amor, abandono, traição!

A bateria, antes tão frenética
Agora dá paradinhas inesperadas
As destaques são góticas e/ ou lolitas
Com expressões ora alegres, ora desesperadas!

Para encerrar o desfile, a felicidade
Na forma de arte, seja alheia ou a minha
A esperança renasce como uma solitária rosa
Para substituir aquelas ervas daninhas!

 Hum... ainda está a chover. Fiquem mais um pouco, vou providenciar algo quente para vós comerdes. Sim, e para beber, também. E então o que acharam do poema? Algo a acrescentar a respeito do carnaval?

2 comentários:

  1. O carnaval pareceu agora tão promissor....
    Ilusão vã, chaga a florir de dentes abertos... mas tão inesperadamente inebriador!!!

    Obg por me mostrar a gutural significÂncia o olhar carnaval...

    ResponderExcluir