sexta-feira, 22 de abril de 2011

Um poema de amor

     Boa noite meus caros! Como vós tens andado? Espero que estejam bem! Espero que este feriado prolongado em que estamos vivendo seja bom para todos e para vocês que são cristãos, reflitam bem sobre o significado da Páscoa. Apesar de não compartilhar das idéias cristãs, sou admirador de Jesus, um homem que ousou pregar a paz em tempos conturbados e foi mal compreendido. 
     Bom, meu grande amigo MC Garcia havia pedido que eu mostrasse um poema de amor. Confesso não ser esse um dos principais temas de meus poemas mas andei olhando meus pergaminhos e achei um que possa satisfazer-te meu caro companheiro poético. Não só a você mas a todos aqui presentes. Este é um poema que fala de um amor místico. Ma antes de lê-lo, permitam-me que eu acenda mais velas já que este clima sombrio não combina com este escrito. Inclusive ele está no meu novo livro independente, o " Les femmes" cuja capa mostrei-lhes em noites passadas. vamos a ele então.

                                           SACERDOTISA





O perfume permanece mais enebriante
Que todo e qualquer incenso
As palavras enlouquecem, retiram
Todo e qualquer bom senso

As esculturas respiram, tão vivas
Quanto aquela que preside a cerimônia
O ritual prossegue, tão místico,
Esplendoroso, luxuoso, sem parcimônia

A luz se infiltra, iluminando
A misteriosa figura de uma deusa
As libações prosseguem: símbolos
E um pequeno altar sobre a mesa

Os sortilégios! Todas as orações!
Todos os elementos purificam o ambiente
Os deletérios! Todos destruídos!
Criminosos que corrompiam a mente!

A benção enfim! A tão esperada benção!
O amuleto mergulhado n’água santa
Um pequeno brilhante no centro
Que a todos fascina e encanta!

Um ósculo delicado para encerrar
Porém esse término é uma ilusão
Pois o rito prosseguirá incessantemente
No interior de um arcano coração!

      Bom, espero que tenham gostado. Minha intenção era fazer um poema de amor diferente, usando uma temática mais esotérica. 
      Hum... que vento frio adentrou pela janela agora! Ele conseguiu interromper a dança das salamandras em algumas das velas que aqui estavam acesas! Mas não se preocupe, não é nenhum sinal funesto, dentro de minha humilde residência não entram influências ruins sejam elas físicas ou metafísicas. E se entrar serão expulsas na mesma hora posso garantir-lhes.
           Sendo assim, é com pesar que sou forçado a despedir-me de vós mas tenho certeza de que a distância entre nós é efêmera e que nos veremos em breve! Bon voyage, mes amis!  

      

Um comentário:

  1. Muito interessante mesmo! Uma declaração bem contida, mas cheia de sortilégios! (Rssrsrs...) Eu gostei! E como bem sabemos para haver uma noite de amor, há um ritual tão natural que nem percebemos, mas existe sim! Parabéns!

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