ENCLAUSURADO
Recluso na minha débil e raquítica ignorância
Trancado no palácio da minha insignificância mental
Apenas observando o incessante movimento do devir
Que segue de forma imperceptível e natural
Nada mais do que um simples e débil vulto
Que se move de forma silente e discreta
Por entre as construções, ruas e cidades
Habitadas por uma maioria não-desperta!
Nesta solitária torre feita de ébano
Dentro do meu humilde chateau noir
Minhas tarefas, ações, escritos, movimentos
São testemunhados por um pálido luar!
O tempo passa de forma sutil e inexorável
Já não o sinto como costumava sentir
Apenas percebo a existência de Cronos
Quando vejo o espelho minha velhice refletir!
Dentro da minha fortaleza continuo a viver
Apenas o mínimo para ser considerado existente
Vivendo o paradoxo de ser um prisioneiro liberto
Algo só compreendido por uma mente demente!
Bom, espero que me perdoe não estou em condições de ficar muito tempo. Estou cansado e preciso recolher-me para os braços da solidão. Não deixarei-te em tua residência hoje mas num local seguro e mais próximo possível de lá. Perdoa-me...
Esse é top 10...um dos melhores.
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