sexta-feira, 24 de maio de 2013

Precaução amorosa

    Olá, meus caros! Boa noite mais uma vez! Bom que a chuva tenha parado um pouco, assim foi possível o nosso encontro nesta madrugada.
    O poema de hoje é uma espécie de conselho que ode até soar um tanto radical. Porém lembrem-se que estamos falando de um poeta que possui uma raiz romântica, ou seja, os sentimentos são expressos muitas vezes de forma hiperbólica. De qualquer forma, espero que possam retirar algo destes versos, feitos há pouco mais de 24 horas. E vamos ao poema.

  É MELHOR NÃO PARTIR UM CORAÇÃO

 
   

É melhor não partir um coração
Nunca levar à porta de outrem o mal
Não desejar o outro como objeto
E não fazer do toque algo banal

É melhor uma prisão do tamanho duma galáxia
Do que, dentro de uma gaiola, ter liberdade
Não é tristeza e nem pessimismo
Apenas uma hiperbólica dose de sinceridade

Não seja a causa do sofrimento alheio
É horrível contemplar hemoglobinas no chão
E distinguir de forma triste e precisa
Os restos do que um dia foi um coração!

Melhor do que o prazer causado pelo corpo
Melhor do que enganar a solidão
É salvaguardar-se de ser um vetor da dor
É melhor não partir um coração!

2 comentários:

  1. É melhor não partir um coração, é melhor não partir, é melhor, é... no seu caso, acho bom isso acontecer, assim você escreve!hehheehe. Dizem que um coração solitário/ partido é o melhor para as ideias. Não sei se é, mas o texto parece sempre me indicar isso. bjo

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  2. Incrível a sua forma de escrever! É realmente uma viagem em nossa mente em relação aos nossos amores já vividos. A experiência de ter um coração partido se quebra em mil formas de ler o seu poema, Roberto. PARABÉNS!

    Abraço!

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